quarta-feira, 12 de junho de 2019

O sorriso de uma criança apagado para sempre pelo ódio de um padrasto frio e cruel; crime aconteceu no Pedro Jerônimo


O pequeno Davi foi covardemente assassinado pelo usuário de drogas, Isaque Lemos, que espancou, mordeu e depois asfixiou o enteado, que ainda pode ter sido abusado sexualmente
Um pequeno corpo inerte no sofá da sala de uma casa no bairro Pedro Jerônimo, os gritos desesperados de uma mulher, vizinhos horrorizados, e uma cidade diante de mais um crime bárbaro, que chocou até mesmo a polícia, na manhã desta quarta-feira (12).

Itabuna, que registra índices alarmantes de mortes violentas, a maioria ligadas ao tráfico de drogas, foi palco, desta vez, de uma atrocidade que apagou o sorriso do menino Davi Luiz Santos de Jesus. Com apenas cinco anos, ele despediu-se da vida, vítima do ódio do próprio padrasto.
Segundo a perícia, marcas de mordidas evidenciam a violência. Outra suspeita é de que a criança ainda tenha sido abusada sexualmente. O resultado da autópsia deve sair ainda na tarde dessa segunda.

Cínico e dissimulado, o criminoso, Isaque Vieira Lemos, de 28 anos, um velho conhecido da polícia, após o Samu atestar o óbito do enteado, foi até o Complexo Policial informar o fato, como morte natural. Mas, os policiais desconfiaram. O homem foi preso em flagrante e acabou confessando o crime.
Em depoimento, disse que chegou em casa bêbado e drogado (usou cocaína), e ficou nervoso porque o menino, segundo ele, estava “traquinando”, Com raiva, acabou matando a criança, que foi covardemente espancada e depois morta por asfixia. 

O assassino confesso já havia respondido por outros delitos, como assaltos a mão armada, furto e tentativa de homicídio, todos na cidade de Ubatã, sua cidade de origem. Ele, inclusive, chegou a cumprir cinco anos de prisão no Conjunto Penal de Itabuna, por um desses crimes.

De acordo com vizinhos, o assassino estava morando na Rua Santa Rita a cerca de quatro meses. Investigações dão conta de que ele era envolvido com uma organização criminosa de Itabuna.


A mãe

A mãe de Davi, Laiane de Jesus Santos, de 24 anos, por enquanto, está sob investigação, porque a polícia não descarta a possibilidade dela ter participado direto ou indiretamente do crime.
Por outro lado, a dona de casa garante que não viu nada. A mulher, que está sendo ouvida na tarde desta segunda, informou que conheceu o assassino há cerca de 9 meses e que eles moravam em outro bairro (mas não disse qual).

A família havia se mudado há quatro meses para o Pedro Jerônimo, confirmando o que os vizinhos disseram. Ela contou, ainda, que ontem (11), foi à igreja com o filho e que ele estava muito feliz.

O pequeno Davi era muito querido na rua onde morava. “Davi era uma criança sadia, alegre, só vivia brincando, sorrindo e hoje acontece isso”, lamentou um vizinho da vítima.   


Motivo torpe

O caso está sendo acompanhado de perto pelo delegado André Aragão, coordenador da 6ª Coorpin. O criminoso foi autuado em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil e torpe.

Em entrevista à imprensa, Aragão informou que também vai ouvir os vizinhos da família. Os moradores relataram ter ouvido gritos de dor do menino. “Se os vizinhos ouviram, a mãe da vítima também ouviu. Só haviam duas pessoas adultas na casa. Sendo assim, ela está omitindo o crime e pode ser autuada em flagrante também”, explicou o delegado.


Entrevista exclusiva

Em entrevista exclusiva ao Verdinho, Isaac disse que não lembra de nada porque estava bebendo e usando drogas. Negou ter abusado do enteado. Questionado se estava arrependido, ele simplesmente se calou. Afirmou que o relacionamento com a companheira “era normal” e que mantinha uma boa relação também com a criança.

Ainda de acordo com o criminoso, ele estava trabalhando atualmente como pedreiro e já têm mais de 30 passagens pela polícia. Nossa reportagem perguntou porque Isaque tinha tanta raiva do menino, ao que ele limitou-se em apenas repetir: “Estava muito drogado”.

Aguardem vídeo onde o Delegado André Aragão fala com a imprensa




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