terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Estudante é condenado à prisão perpétua por estuprar 48 homens

Um "predador sexual em série" foi condenado por 159 crimes sexuais, incluindo 136 estupros. O estudante indonésio de pós-graduação Reynhard Sinaga, de 36 anos, foi considerado culpado de atrair 48 homens que estavam em casas noturnas de Manchester, no Reino Unido, para seu apartamento, onde os drogava e atacava — filmando os abusos. A polícia diz, no entanto, ter evidências de que ele tenha feito pelo menos 190 vítimas.

Ele foi condenado à prisão perpétua, com direito a liberdade condicional após cumprir uma pena mínima de 30 anos de prisão. O julgamento também permitiu que ele fosse identificado pela primeira vez. O Ministério Público britânico (CPS, ou Crown Prosecution Service) afirmou que Sinaga era "o estuprador com maior número de casos da história jurídica britânica".


O estudante já estava cumprindo prisão perpétua, com uma pena mínima de 20 anos, pelos crimes pelos quais fora condenado em dois julgamentos anteriores, que ocorreram no verão de 2018 e na primavera passada. Em quatro julgamentos separados, o cidadão indonésio foi considerado culpado de 136 acusações de estupro, oito acusações de tentativa de estupro, 14 acusações de agressão sexual e uma acusação de agressão com penetração, contra um total de 48 vítimas.


Na audiência, a juíza Suzanne Goddard disse que Sinaga "atacava homens jovens" que queriam "nada mais que uma boa noitada com seus amigos". "Na minha opinião, você é um indivíduo altamente perigoso, ardiloso e traiçoeiro que nunca será seguro para a sociedade para ser libertado", declarou Goddard, acrescentando que a decisão de libertar prisioneiros é tomada pelo Conselho de Liberdade Condicional.

Vítimas inconscientes

Sinaga esperava os homens saírem das boates e bares antes de levá-los para seu apartamento em Montana House, em Manchester, geralmente oferecendo um lugar para tomar um drinque ou chamar um táxi. Ele drogava as vítimas e as atacava enquanto estavam inconscientes. Quando acordavam, muitas não tinham lembrança do que havia acontecido.


O estudante, que nega as acusações, alegou que toda a atividade sexual era consensual e que cada homem havia concordado em ser filmado enquanto fingia estar dormindo — estratégia de defesa descrita pela juíza como "ridícula". Em uma sentença anterior, a juíza disse ter certeza de que Sinaga havia usado uma droga associada ao estupro, como o GHB.
'Prazer em atacar heterossexuais'

A juíza Goddard disse que, pela "escala e a dimensão" dos crimes de Sinaga, era "correto" que uma de suas vítimas o descrevesse como monstro. Ela acrescentou que ele não mostrou "um pingo remorso" e, às vezes, parecia estar "realmente gostando do julgamento".

Após a sentença, Ian Rushton, do CPS, comentou o caso. "Ele (Sinaga), sem dúvida, ainda aumentaria sua lista impressionante (de vítimas), caso não tivesse sido pego". Ele acrescentou que achava que Sinaga tinha "um prazer particular em atacar homens heterossexuais".

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