domingo, 20 de dezembro de 2020

Nicette Bruno morre aos 87 anos no Rio, vítima de Covid-19

Nicette Bruno  — Foto:  Nathalia Fernandes / TV Globo

A atriz Nicette Bruno morreu na manhã deste domingo (20), aos 87 anos. Ela estava internada com Covid-19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio.

De acordo com o boletim médico divulgado neste domingo (20), o estado de saúde de Nicette “era considerado muito grave”. Ela estava sedada e dependente de ventilação mecânica.

A informação da morte foi confirmada pelo hospital por volta das 13h20. De acordo com a Casa de Saúde São José ela morreu por "complicações decorrentes da Covid-19".

"A Casa de Saúde São José informa que a atriz Nicette Bruno, que estava internada no hospital desde 26 de novembro de 2020, faleceu hoje, às 11h40, devido a complicações decorrentes da Covid-19. O hospital se solidariza com a família neste momento", diz a nota de divulgação do hospital.

A filha de Nicette Bruno, a também atriz Beth Goulart, fez uma corrente de oração nas redes sociais para a recuperação da mãe. Na última publicação, ela deixou um recado para os familiares de pacientes de coronavírus e agradeceu o trabalho dos profissionais de saúde.

“Minha mãe, minha vida, meu amor #teamomaezinha #deuscuidadaminhamãe”. “ORAÇÃO PARA NICETE” e para todos os doentes de Covid, fortalecimento para os familiares e para as equipes de saúde que estão trabalhando incansavelmente. Gratidão a todos”.


Relembre trajetória

Nicette Xavier Miessa nasceu em Niterói (RJ), no dia 7 de janeiro de 1933. Começou a carreira ainda pequena, aos 4 anos, em um programa infantil na Rádio Guanabara.

Ela dizia que até por isso resolveu adotar o sobrenome da mãe, Eleonor Bruno Xavier, de família com tradição artística.

Com cerca de 9 anos de idade, a jovem tomou gosto pelo teatro ao ingressar no grupo da Associação Cristã de Moços (ACM).

Atriz Nicette Bruno em foto de arquivo de 2010 na reestreia da peça Estranho Casal, no Teatro Renaissance, em São Paulo — Foto: Arquivo variedades/AE

Depois disso, passou pelo Teatro Universitário e pelo Teatro do Estudante, criado pelo ator Paschoal Carlos Magno.

Aos 14 anos, já era atriz profissional na Companhia Dulcina-Odilon, da atriz Dulcina de Morais, na qual estreou na peça "A filha de Iório". Pela atuação como Ornela, recebeu prêmio como atriz revelação da Associação Brasileira de Críticas Teatrais.

A paixão pelo teatro também teve reflexo na vida pessoal. Aos 19 anos, conheceu Paulo Goulart, com quem compartilhou quase 60 anos de casamento, ao contracenar com o ator na peça "Senhorita Minha Mãe", no Teatro de Alumínio, futuro Paço Municipal, em São Paulo.

Os dois se casaram dois anos depois, em 1954, e ficaram juntos até a morte de Paulo, em 2014. Juntos, tiveram três filhos que seguiram a carreira dos pais: Paulo Goulart Filho, Bárbara Bruno e Beth Goulart.

"Eu e Paulo tínhamos uma afinidade cênica muito grande. Tanto que nos conhecemos em cena, né?", disse a atriz.

"Trabalhar juntos era muito bom, porque tínhamos a mesma seriedade, sabíamos separar a nossa relação. Quando estávamos em cena, éramos personagens, não a nossa individualidade."

O casal também fundou em 1953 a companhia Teatro Íntimo de Nicette Bruno, que teve participação de nomes como Tônia Carrero e Walmor Chagas.

Pouco tempo antes, começou também sua carreira na televisão. Em 1950, com a estreia da TV Tupi, participou de recitais e de teleteatros.

"Tudo isso era a época de televisão ao vivo, não havia ainda o videoteipe. Nós fazíamos televisão como fazíamos teatro. Era um teatro televisionado", afirmou Nicette. "Com o videoteipe, começou-se a se criar uma nova linguagem de atuação em televisão."

Na emissora, atuou na primeira adaptação do "Sítio do Picapau Amarelo", exibida entre 1952 e 1962. Anos depois, estrelaria uma segunda versão da obra de Monteiro Lobato, produzida pela Globo entre 2001 e 2004, como Dona Benta.

“O diretor Roberto Talma queria que a Dona Benta tivesse uma identificação com a criança de hoje, mas preservando a essência da personagem", contou sobre a atuação.

"Achei muito interessante a ideia de ela se comunicar com o Pedrinho via internet, ao mesmo tempo dizendo ao neto: 'Olha, tem tempo que você não me escreve uma carta ou um bilhete. Não devemos nos comunicar só por meio do computador. A emoção da escrita é muito grande, e eu quero sentir essa sensação'. Fiquei conhecida pelo público como Dona Benta."

Nicette Bruno em Tenda dos Milagres — Foto: Bazilio Calazans

Após trabalho na TV Continental com Paulo Goulart, estreou em sua primeira novela com "Os fantoches", em 1967, na TV Excelsior.

Voltou então à Tupi para grandes sucessos, como "Meu pé de laranja lima" (1970), "Éramos seis" (1977) e "Como salvar meu casamento" (1979) – inacabada, a novela foi a última da extinta emissora.

Nicette foi para a Globo em 1981 após convite do diretor e ator Fabio Sabag para fazer parte do elenco do seriado "Obrigado, doutor" como a freira Júlia, auxiliar do protagonista interpretado por Francisco Cuoco.

Na emissora, sua primeira novela foi "Sétimo Sentido" (1982), de Janete Clair. Na obra, deu vida a Sara Mendes, mãe da paranormal de Regina Duarte.

Depois, esteve em "Louco Amor" (1983), de Gilberto Braga, na qual interpretava a cozinheira Isolda.

"Era uma personagem interessantíssima, que guardava o segredo da novela. Foi um trabalho muito contido. Só no fim é que a personagem tinha uma grande cena, na qual se esclarecia o grande mistério da história", disse sobre o trabalho.

Ao longo dos anos, integrou elencos de novelas como "Selva de Pedra" (1986), "Rainha da Sucata" (1990) e "Mulheres de areia" (1993).

Em 1997, interpretou sua primeira vilã em novelas da Globo, a malvada Úrsula, em "O amor está no ar".

Depois de anos no novo "Sítio do Picapau Amarelo", voltou a novelas em 2005 como a Ofélia de "Alma Gêmea", de Walcyr Carrasco. Depois, esteve em outra obra do autor, "Sete pecados" (2007), como Juju, grande amor do personagem de Ary Fontoura.

Nos últimos anos, passou por novelas como "A vida da gente" (2011), "Salve Jorge" (2012), "Joia Rara" (2013), "I love Paraisópolis" (2015) e "Pega Pega" (2017).

Em 2020, foi homenageada na versão da Globo de "Éramos seis" ao interpretar madre Joana, uma freira que na reta final encontrava Lola (Gloria Pires), personagem que deu vida na original da TV Tupi.


Mesmo com o sucesso na televisão, a atriz nunca deixou o teatro, e integrou a maior parte dos principais grupos do país, recebeu prêmios e foi celebrada. Do G1

19 comentários:

  1. tudo agora é covid19 ninguém morre mais de outra coisa nesse caralho

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    1. No caso dela foi covid 19,pois desde o começo deu entrada com covid no hospital e teve complicações.

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    2. Idiota não merece resposta, quando acontecer na sua família aí vc irá acreditar.

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    3. É porque não foi vc seu babaca que pegou a doença. Vc não tem noção o que é essa doença.

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  2. ATENÇÃO ....AQUI EM ITABUNA AS PESSOAS NÃO ACREDITAM QUE EXISTA ESSA DOENÇA. COVID 19....A PROVA ESTA NAS RUAS....VEJAM SÓ QUE ENGRAÇADO....NAS ACADEMIAS AS MASCARAS FICAM NO QUEIXO,,,NAS RUAS MUITA GENTE SEM MASCARAS,,,NAS LOJAS MUITA AGLOMERAÇÃO...BARES LOTADOS...MASCARAS POUCOS USAM....FALTA RESPEITO COM O PROXIMO,,,,FALTA FISCALIZAÇÃO...FALTA MULTAS....COM ESTAS ATITUDES,,,AGENTE PASSA A ACREDITAR QUE EM ITABUNA CORONAVIRUS NÃO EXISTE.

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  3. Oh das 16.03 VC é um mal amado,solitário,nao gosta de ninguém,nem ninguém gosta de vc,apenas te aceitam,vc é digno de pena,mas aprendi,com a minha experiência de vida que ninguém e digno de pena,todo mundo tem ou recebe o que merece.

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    1. Sim cabra mais ele só fez falar que parece que não existe mais outra doença sabemos que o covd 19 está matou muita gete e continua matando eu sei que essa maldição está no mundo msm mais será que você não assistiu o jornal e viu que disseram que q a pessoa morresse era para confirmar que foi de covid19 uma médica foi expulsa de um hospital pq um paciente morreu de outra doença e pq ela não confirmou como covid o hospital fez ela perder a função bando de ignorantes isso é vdd msm

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    2. Larga de ser besta

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  4. Imagino vc das 16.03 desempregado,porque é incompetente ou preguiçoso, reclamando da vida,pq a mãe,o irmao,um cara que vc acha que é seu amigo,não lhe ajuda,a mulher não te suporta, é vc vai vivendo essa vida,sem se importar com a vida,de pai que perdeu um filho,ou um filho que perdeu um pai,vc não merece pena,quem merece pena é um rato pq se vc não alimenta lo,ele vai buscar algo para sobreviver,vc é um coisa,sabe o que é uma coisa?eu também não sei.

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  5. A em Itabuna as pessoas só se dão conta da gravidade da situação quando passa no jornal Nacional ou fora do país.

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  6. Dados de Itabuna por favor.

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  7. Se os dados sair amanhã vai dar a entender que não é de hoje e sim do dia 21 tem muita gente de olho nessa divulgações antes do comércio abrir a noite estavam divugando certinho agora essa falta de respeito.

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  8. Coronavírus é coisa de pilantras, Rede Globo é o centro de mundo em pilantragens, prostituição, maconheiros só pensa na roubalheira, a mesma recebeu trilhões em Euros pra implantar o medo, o terror no Brasil, criou o grupo de Traficantes de Cocaína Consócio dos Fumadores de Maconheiro e Cheiradores de Pó.
    Só ontem morreram quase 8OO(oitocentas pessoas) nem de "balas", tiro, infarto, câncer, acidente de trânsito, doenças diversas, já viu que a TV da morte não fala em vida não,nunca falou dos recuperados do coronavírus, sabe por quê? recebeu muito dinheiro para explodir o Brasil e deixar na miséria, o povo Brasileiro tá no silêncio sepulcral, as autoridades idem, mas um peido do Presidente do Brasil é motivo de protestar, afinal, a Rede Globo e seus aliados maconheiros e traficantes de cocaína quer é destruir o Brasil, mas não vai conseguir não, se conseguisse no Brasil não existia mais ninguém, só era terra dos mortos estava todos mortos de coronacírus é tanta morte, é morte, é morte, é morte e mete a bomba quem sai pra rua pra comprar comida, para trabalhar, se não usa máscara, se vai pra praia, só falta falar que não pode foder, chupar xoxota, não é mesmo, o que a Rede Globo faz é trilhões de vezes pior por do que o palavrão neste comentário, não é mesmo? Sim!

    A reportagem da TV cemitério, TV morte, TV terror, TV dos maconheiros, TV das putas e preguiçosos, só mostra especialistas a favor do coronavírus e ajuda na cumplicidade implantar o terror, cada entrevista recebe um bom cachê é notório não é mesmo? Sim, o outro lado nunca mostra, só mostra a desgraça no Brasil, não é mesmo? Sim, as pessoas estão morrendo igual esta mulher de medo, do terror implantado pela TV que a mesma trabalha, isso não se sabe, esta artista pode até ter morrido por ficar desempregada e sua morte causada pela Rede Globo no mar de
    mais de quantas mortes mesmo de cocronavírus? Só o consórcio da morte e maconheiro de imprensa sabe, não é mesmo? Sim.
    Finalizando; quem assiste a Rede Globo vai morrer de coronavírus, além de ir pra o inferno, assistam a RedeTV, a TV de Sikêra Júnior é muito CPF cancela é muitos
    e nenhum de coronavírus, este programa é da família brasileira, não é mesmo? Sim,
    todos os dias, de segunda a sexta-feira às 18OO e 19:3Ohs.
    Quem assiste Jornal Nacional, Jornal hoje vai morrer antes do fim do ano de coronavírus, não assista, desligue sua TV pra a morte não entrar na sua casa.
    "Eu disse tá dito" Milton Menezes, maior radialista de Itabuna em todos os tempos.

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    1. Kkkk ninguém vai ler. Escreve mais!

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    2. ou filho da puta e não de mutum das 07,14 voce realmente é um doente mental mesmo, continue tomando no cú depois diga se doe viu!

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  9. Muita coincidência, os artistas agora só morrem de COVID.

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