sábado, 9 de outubro de 2021

Ex-prefeito de Jequié é multado pelo TCM após acusação de superfaturamento

O Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) acatou, na sessão da última quinta-feira (07), as conclusões que apontaram a ocorrência de superfaturamento no valor de R$1.241.861,51, em contrato firmado entre a prefeitura de Jequié, na região do Médio Rio de Contas durante a gestão do ex-prefeito Luiz Sérgio Suzart Almeida e a empresa “BVM Construções e Incorporações”.

De acordo com o TCM, a contratação visava a realização de obras na rede escolar do município, no exercício de 2017, pelo valor de R$8.853.846,66. Os conselheiros determinaram o ressarcimento aos cofres municipais – de forma solidária pelo ex-prefeito, com recursos pessoais, e pela empresa – da quantia de R$1.241.861,51. Também foi imputada multa no valor de R$15 mil e determinada a remessa do decisório à Superintendência da Polícia Federal, para que junte aos autos do inquérito policial instaurado sobre a matéria.

A denúncia contra o ex-prefeito foi protocolada por seis vereadores do município de Jequié, que identificaram a existência de discrepância entre os valores pagos pela prefeitura e os serviços efetivamente realizados nas escolas municipais, o que teria causado prejuízos ao erário. Informaram, ainda, que as despesas ocorreram à conta de recursos oriundos dos precatórios do Fundef, recebidos no exercício de 2017.

Durante a sessão desta quinta-feira (7), os auditores do TCM concluíram que, de fato, houve discrepância entre os valores pagos pelo município e os serviços efetivamente realizados pela empresa “BVM Construções e Incorporações”, decorrentes do contrato administrativo nº 310/2017, indicando a ocorrência de superfaturamento “por quantidade e qualidade”, do que resultou prejuízo ao erário no montante de R$1.241.861,51.

De acordo com o relatório, a Prefeitura de Jequié não exercia adequada fiscalização técnica da obra, com inspeções in loco que permitissem segura verificação das medições e memórias de cálculo apresentadas pela empresa, limitando-se a efetuar mera análise documental. “O montante de R$1.241.861,51, pago erroneamente, poderia ser mitigado caso a fiscalização apenas considerasse para efeito de medição e pagamento exclusivamente os serviços que foram efetivamente realizados em conformidade com o contrato e quantidade apurada in loco”.

Em sua defesa, o ex-prefeito, que poderá recorrer da decisão,  disse que o acompanhamento da obra ficou a cargo do engenheiro civil Eduardo Pereira Cruz, nomeado Diretor do Departamento de Serviços Urbanos da Secretaria Municipal de Infraestrutura, conforme atestam as medições e suas assinaturas nos documentos correlatos. 

E que caberia ao Controle Interno apenas certificar que a documentação enviada pela construtora estava devidamente corroborada pelo engenheiro do município, “uma vez que a Controladoria Interna não possui expertise técnica para confrontar in loco aquilo que havia sido atestado pelo engenheiro civil, mas unicamente se a documentação enviada estava em conformidade com a legislação”.

Para o conselheiro José Alfredo, a omissão do gestor no cumprimento do seu dever legal ocasionou danos ao erário, que poderia ter sido evitado ou ao menos minimizado, caso tivessem sido adotadas medidas para possibilitar a fiscalização in loco de forma efetiva quanto as obras e serviços que estavam sendo executados em contrapartida com as faturas encaminhadas pela empresa, o que enseja a sua responsabilização.

O Ministério Público de Contas, através da procuradora-geral Camila Vasquez, se manifestou pela procedência do Relatório de Auditoria, com a aplicação de multa ao gestor, e o ressarcimento do valor pago aos cofres municipais.

4 comentários:

  1. Essas punições e nada é a mesma coisa. Os Gestores nunca pagam suas dívidas e elas ficam décadas rolando e eles includive se candidatam novamente. Isso é uma Vergonha

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  2. Vergonha,,,isso parece normal em nosso pais

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  3. Verdinho Sinceramente eu acho que não deveria nem ter sido de notícia verdinho só para dignar a todos nós que não dá em nada político deita e rola faz o que quer para todo mundo solto não tenho notícia Marque uma reportagem Aonde eles devolveram prestaram conta de alguma coisa não faz não faz porra nenhuma não ter ele em Itabuna Ilhéus e Uruçuca de Jequié o Brasil inteiro rapaz só ladrão infelizmente a imagem que temos dos nossos políticos Você viu a última imagem que tem aí um vídeo circulando na rede social aonde Gilmar mente tava caminhando em Portugal Lógico lá não tem a criminalidade que tem aqui e nem tem os ladrões que tem aqui como ele rouba rouba rouba mas vai passear fora cadê que nem um vagabundo desse vai para Venezuela para Bolívia para mim aqui não vão para cuba mas é assim mesmo um dia muda que Deus quer

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  4. olha so a cara desse ladrão safado discarado

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