sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Pesquisa mostra que estudantes negros foram mais afetados na pandemia

A pesquisa Educação não Presencial na Perspectiva dos Estudantes e suas Famílias revelou que estudantes negros mais pobres sofreram mais com impactos negativos durante a pandemia de Covid-19 no Brasil. No período de escolas fechadas, este foi o grupo que mais demorou para ter acesso a atividades remotas e não conseguiu aumentar o acesso a computadores com internet.

A análise foi feita pela Plano CDE com base nos dados de pesquisa Datafolha, encomendada por Itaú Social, Fundação Lemann e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), entre maio de 2020 e setembro de 2021, que entrevistou com pais e responsáveis por crianças e adolescentes da rede pública.

Nos dois recortes de renda analisados – até dois salários-mínimos e mais de dois salários-mínimos -, os estudantes negros foram os mais impactados negativamente no que se refere a acesso a atividades remotas, conectividade, medo de desistir dos estudos e reabertura de escolas.

Quando a questão é o acesso a atividades remotas, seja digital ou impresso, no início do período em que as escolas ficaram fechadas, o acesso a atividades remotas era desigual. Em maio de 2020, 79% dos estudantes brancos já tinham esse tipo de acesso, contra 70% dos alunos negros.

A proporção se revelou ainda pior quando considerada a classe social: 84% para estudantes brancos com renda de mais de dois salários-mínimos e 68% para os negros em famílias que recebem até dois salários-mínimos. Em setembro de 2021, houve queda na desigualdade de acesso a atividades remotas, sendo que 98% dos estudantes brancos tinham tal acesso ante 97% dos estudantes negros.

Em relação à conectividade, a desigualdade entre estudantes negros e brancos não diminuiu ao longo da pandemia. Dados de setembro de 2021 mostram que um estudante negro de renda familiar abaixo de dois salários-mínimos tem quatro vezes menos chance de ter em sua casa um computador com internet na comparação com um branco de renda familiar maior que dois salários-mínimos, são 21% contra 86%, respectivamente. Em maio de 2020, eram 23% ante 79%.

“Uma de nossas maiores preocupações está nesse gargalo de conectividade entre estudantes de diferentes raças e classes sociais. A dificuldade em acessar os conteúdos remotos gera desmotivação e essa falta de engajamento pode agravar o risco de desistência dos estudos, principalmente quando falamos de crianças e adolescentes negros com menor renda familiar”, avaliou Cristieni Castilhos, gerente de Conectividade da Fundação Lemann.

O medo dos pais com a evasão escolar cresceu em todas as dinâmicas familiares analisadas, entre maio de 2020 e setembro de 2021. No entanto, os dados sobre estudantes negros com renda de até dois salários-mínimos apresentaram desvantagem. Metade (50%) deles estava em risco de desistir dos estudos em setembro deste ano, enquanto, entre os brancos com renda de mais de dois salários-mínimos, esse número foi de 31%.

Nesse quesito, o gênero também influenciou os resultados, sendo que 47% de pais ou responsáveis por meninas negros de famílias mais pobres têm medo que os jovens desistam da escola, contra 36% para as meninas brancas com renda maior.

Em maio do ano passado, eram 37% dos pais e responsáveis de estudantes negros com renda de até dois salários-mínimos tinham medo que o jovem desistisse da escola, ante 13% para os estudantes brancos com renda de mais de dois salários-mínimos.

“Estudantes negros de famílias de menor renda enfrentam um cenário de crescentes dificuldades e desemprego em alta. Como muitos são responsáveis por suprir a renda familiar, não veem na educação uma perspectiva de melhoria da qualidade de vida. Assim, diminui muito seu interesse pela continuidade dos estudos”, explicou Angela Dannemann, superintendente do Itaú Social.

Segundo Angela, para proporcionar mais equidade, é importante alocar mais recursos em escolas localizadas nas periferias, além de realizar ações de recomposição da aprendizagem e correção de defasagem dos estudantes em relação a idade e série.

O processo de reabertura de escolas, que tem acelerado neste ano, também atingiu os grupos de forma desigual. Em setembro de 2021, 74% dos estudantes brancos contavam com suas escolas abertas, contra 63% dos negros.

Os números são ainda mais distantes quando considerada a classe social, sendo 53% para alunos negros com renda abaixo de dois salários-mínimos e 83% para os brancos com famílias acima de dois salários-mínimos.

“A reprodução de padrões de desigualdade da sociedade brasileira no processo de reabertura das escolas preocupa pelos potenciais prejuízos para o futuro desta geração. Os estudantes negros, que já sofreram com o menor acesso a conectividade enquanto estavam com aulas remotas, têm hoje menos garantia de retorno às escolas, o que pode afetar negativamente o seu aprendizado e a própria permanência na escola”, avaliou Daniel de Bonis, diretor de Políticas Educacionais da Fundação Lemann.

12 comentários:

  1. O que é de alarmante nisso , se a população brasileira é predominante formada de nós negros. Quem financia essas pesquisas que não leva a lugar nenhum?

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  2. Pesquisa boba. Todos os estudantes foram prejudicados. Independente da cor, raça, gênero etc...

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  3. Mimimi da porra! O que se vê é tudo junto e misturado nas farras, paredões, cachaçadas sem querer trabalhar, atrás de auxílio do governo para continuarem nas drogas e tudo mas. Sei que toda regra tem suas exceções.Eles quem se o auxílio pra o resto da vida, um bando de vagabundos é o que tem por aí

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  4. Pesquisa extremamente preconceituosa.


    O brasileiro em geral está sofrendo demasiadamente com a CORRUPÇÃO POLÍTICA EXTREMA, se tem gente pobre, se tem fome, se tem desemprego, são esses filhos do diabo que são culpados, geradores de problemas, dificuldades, preconceitos e de segregação do povo brasileiro.

    ESSES VERMES SABEM QUE QUANDO O POVO PARAR COM ESSA PALHAÇADA DE DIREITA E ESQUERDA, PRETO E BRANCO, ELES NÃO IRÃO MAIS PODER MANIPULAR O POVO PARA DIVIDI-LOS.

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    1. Nada a ver essa pesquisa de fdp.
      As pessoas esquecem que estamos passando por uma pandemia e não saindo de uma festa na SAPUCAÍ

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  5. LÓGICO!!! Em sua maioria os colégios públicos tem mais negros q brancos e os professores NÃO QUISERAM RETORNAR AS AULAS PPR SEREM SEGUNDO ELES MESMOS NÃO ESSENCIAIS. Deu no q deu

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  6. GENTE QUE PESQUISA MAIS BABACA VIU..COLOCAM OS NEGROS COMO COITADOS E SEM RECURSO DE VIDA ..NESDE PERÍODO DE PANDEMIA TODOS NÓS PASSAMOS POR ESSA DIFICULDADE COMO OS NEGROS PASSARAM..AGORA VEM COM UMA PESQUISA FAJUTO INDUZIR AS PESSOAS NEGRAS SE SENTIREM UNS COITADINHOS DA SOCIEDADE..CHEGA COM ESSAS LADAINHAS..TODOS NÓS TEMOS A CAPACIDADE DE CRESCER E TER O QUE QUISER É SÓ TRABALHAR E OBTER AS COISAS COM O SEU PRÓPRIO SUOR..ESSA PESQUISA EU CHAMO DE RACISMO ADQUIRIDO PRA BARGANHAR IBOPE..E LOGO QUEM FEZ ESSA PESQUISA UM ÓRGÃO NAO MAIS CONFIÁVEL..FICA A DICA...TODOS NÓS SOMOS SERES HUMANOS.

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  7. Vamos Pará com isso, precisamos de um país incluso para todos. Nos somos uma mistura doida. Educação para todos.

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  8. Meio lógico isso, uma vez q a maioria da população brasileira não é formada por brancos. Meu filho é branco, estuda em escola pública e seu aprendizado escolar foi seriamente afetado pela pandemia.

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  9. Isso já virou comédia! Só falam dessa matéria sobre negros kkkkkkkkkkk. Sou negro e reconheço que isso virou um argumento que não tem nenhum conteúdo. Ouvi uma entrevista da jornalista Glória Maria, e a mesma conta com a maior clareza kkkkkkkk. O preconceito está em cada um. Agora ficam com essa desculpa. A mesma disse claramente que viajou para quase todos os continentes, e nunca teve isso com ela. Porque na verdade, a própria pessoa se julga kkkkkkkkkkkkk

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  10. Essa pesquisa não é de cunho racista?
    será que vão processar o Covid 19?
    Será que uma pesquisa dessa, num momento desse estamos passando, não aumentará o número bolyngs nas escolas?
    Vão procurar o que fazer, cambada!


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  11. E a imprensa escrita e televisiva foi quem mais apoiou essa tragédia estudantil quando aplaudiram e concordaram com lockdowns e o fique em casa q o resto agente ver depois

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