quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

MP de Minas Gerais abre inquérito para investigar tragédia em Capitólio

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) anunciou que abriu um inquérito civil para apurar a conduta do município de Capitólio (MG) na tragédia que levou 10 pessoas à morte. O episódio ocorreu no último sábado (08) após o deslizamento de uma rocha do cânion do Lago de Furnas, uma das principais atrações turísticas da região. 

O bloco de pedra despencou por volta de 12h30 no local onde estavam lanchas que transportavam dezenas de turistas. Logo depois do ocorrido, imagens gravadas por quem estava em embarcações menos afetadas se disseminaram pelas redes sociais.

De acordo com o MPMG, será apurado se a prefeitura cumpriu obrigações de identificação, mapeamento e fiscalização das áreas de risco. Os promotores também querem saber se a população estava suficientemente informada sobre os riscos dessas áreas. Será o terceiro inquérito aberto. Outra investigação já está em andamento pela Marinha, responsável por fiscalizar a navegação e estabelecer o ordenamento da orla nos cursos d ́água. Responsabilidades serão apuradas ainda pela Polícia Civil, que pretende recorrer ao auxílio de peritos em geologia.

Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, todos os mortos estavam em uma única lancha, embora mais uma tenha afundado e outras duas também tenham sido fortemente atingidas pelo impacto da rocha no lago. Vídeos que se disseminaram pela internet mostraram o ponto de vista de outras embarcações que, mesmo um pouco mais distantes, foram afetadas pela enxurrada de água que se formou, mas conseguiram deixar o local. Além dos mortos, pelo menos 24 vítimas precisaram de socorro em unidades de saúde, algumas com fraturas e escoriações.

Assim como em boa parte do estado de Minas Gerais, um alto volume de chuvas vem sendo registrado nas últimas semanas em Capitólio, localizado a cerca de 290 quilômetros de Belo Horizonte. Cerca de duas horas antes da tragédia, a Defesa Civil de Minas Gerais chegou a emitir um alerta de cabeça d’água (forte enxurrada em rios provocada por chuvas) para a região. Os passeios turísticos, no entanto, foram mantidos.

O prefeito da cidade Paulo Sérgio de Oliveira diz que o desprendimento de um bloco de grande porte é um acontecimento inédito e que uma lei municipal de 2019 disciplina o turismo no cânion, proibindo banhos na área de circulação das lanchas e limitando a 40 o número de embarcações que podem permanecer por até 30 minutos na área. Ontem, uma reunião entre as prefeituras de Capitólio e da vizinha São José da Barra foi realizada para discutir medidas voltadas para reforçar a segurança do turismo no Lago de Furnas.

A empresa Furnas Centrais Elétricas, que é controlada pela Eletrobras, divulgou nota lamentando o ocorrido e informando que apenas usa a água do lago para gerar energia elétrica. “Compete ao poder público a gestão dos demais usos múltiplos do reservatório”, sustenta a empresa, referindo-se ao controle das atividades turísticas na região.

9 comentários:

  1. Vão processar quem, o Sr. Barranco?

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  2. De nada vai adiantar, Barranco sai na audiencia de custódia. Duvido Barranco ficar preso.

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    1. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK! Se prevalecer a lógica da "justiça à brasileira", a culpa é exclusivamente das "vítimas das próprias vítimas". A não ser que o Sr. Paredão confesse publicamente o seu descuido em se despreender justamente naquele momento. Ô louco!

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  3. Ja passou da hora do MP estadual imvestigar oque acontece com a guarda municipal de itabuna pois como pode um guarda em itabuna ganhar 2 mil e compra carro de 300 abra o olho prefeito

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  4. Esse barranco tem que ser condenado, premeditou tudo, agiu com frieza, sem da chance de defesa, realmente é um individuo frio e calculista !
    Absurdo querer achar culpados em um acidente,poderia cair qualquer hora mais infelizmente foi quando as pessoas estavam ali .

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  5. Parece piada... ! o judiciário gastar tempo e nosso dinheiro para não chegar a conclussao nenhuma, enquanto isso processo de grande interesse do cidadão fica amontoado.

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  6. Gente, tudo que ocorre é da vontade de DEUS.
    Foi DEUS quem permitiu que o bloco caísse sobre aquelas pessoas.
    Fazer o que?
    Quem tem coragem de contestar a vontade de DEUS ?
    DEUS PODE TUDO.
    Boa td.

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  7. O Erro E Querer Estar De Baixo Da Onde Não Deve Só De Estar Em Uma Lancha No Meio Do Bar Isso Já E um risco Pois E A Natureza

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  8. Tragédia? Um monte de riquinhos enchem o rabo de cachaça faz merda agora chamam de tragédia? Nesse caso nem os condutores das lanchas tem culpa,ate parece vcs não conhecem quem tem dinheiro,se os condutores falassem que não iriam pra essas bandas era capaz até de perderem o emprego por desobediência por eles estarem pagando e entregariam os funcionários da lancha aos chefes, quem tem dinheiro se acham donos do mundo.
    Tragédia foi em mariana, brumadinho, enchentes na Bahia, ai mesmo foi irresponsabilidade,ninguém fala mas eu falo.

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