Preso desde 22 de julho, o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, acionou a Justiça do Rio de Janeiro na última segunda-feira (9) para solicitar a devolução de pertences apreendidos durante a operação policial que resultou em sua prisão. A informação foi divulgada pelo colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
Oruam foi detido após uma ação da Polícia Civil que tinha como objetivo apreender um adolescente suspeito de integrar uma facção criminosa. O menor estava escondido na casa do artista. Desde então, o cantor responde por crimes como associação e tráfico de drogas, além de resistência, desacato, ameaça, lesão corporal e dano.
Em carta aberta publicada para os fãs, o rapper citou passagens bíblicas, reconheceu erros e afirmou que aceita o castigo que está vivendo. “Para todos os meus fãs, um leão ferido ainda é um leão. Ninguém prende quem tem a mente livre. Fiquei famoso, ganhei o mundo e me esqueci de Deus. Tive que ser preso pra voltar a falar com Ele, aceito meu castigo”, escreveu.
Oruam também pediu desculpas à família e disse estar sendo alvo de uma grande injustiça. Segundo o cantor, ele vem carregando acusações que não correspondem à realidade. “Estou pagando por erros, mas também sendo julgado de forma desigual, carregando nas costas acusações que não correspondem à minha verdade. Mais do que uma pena, sinto o peso de uma perseguição que tenta manchar a minha história e minha arte.”
O desabafo ainda trouxe críticas àqueles que, segundo ele, se mostraram falsos durante o período difícil. “Hoje sei quem são meus amigos de verdade e quem são meus amigos de mentira. Nunca vou esquecer de quem estendeu a mão no momento em que eu mais precisei.”





