sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Corpos de indígenas pataxó executados a tiros na BR-101 são sepultados sob forte emoção

 

Os dois indígenas da etnia pataxó executados a tiros na BR-101, próximo ao distrito de Montinho, em Itabela, foram sepultados na manhã desta quinta-feira (19), sob forte comoção de familiares, amigos e comunidade.

Os primos Samuel Cristiano do Amor Divino, 20 anos, e Nauí Brito de Jesus, 16, foram mortos por pistoleiros quando trafegavam pela BR-101 em uma moto, por volta das 17h30 de terça-feira (17).

O corpo de Samuel foi enterrado às 8h, na aldeia Boca Da Mata, em Porto Seguro, enquanto o sepultamento de Nauí ocorreu às 11h na aldeia Craveiro, em Prado.

As duas aldeias onde os indígenas assassinados moravam ficam em uma área ocupada por comunidades pataxó do Extremo Sul da Bahia há cerca de um ano. Os indígenas reivindicam a homologação da área, localizada entre os municípios de Porto Seguro e Prado.

REUNIÃO DE LIDERANÇAS 

Na quarta-feira (18), líderes de movimentos e organizações indígenas se reuniram com representantes da Polícia Federal e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), em área de autodemarcação, para cobrar providências urgentes e agilidade na investigação e prisão dos assassinos de Samuel e Nauí.

Os líderes do Movimento Indígena da Bahia (MIBA), do Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (MUPOIBA), da Federação Indígena das Nações Pataxó e Tupinambá do Extremo Sul da Bahia (FINPAT) e do Conselho de Caciques do Território Pataxó Barra Velha estão em contato direto com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, com a presidenta da Funai, Joênia Wapichana e com a Polícia Federal em Brasília.

Eles querem que a Força Nacional e a Polícia Federal atuem na investigação de crimes contra as comunidades indígenas e no combate à pistolagem e às milícias que agem no Extremo Sul, principalmente com a participação do braço armado do Estado.

GABINETE DE CRISE 

Também na quarta-feira, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, assinou portaria instituindo um gabinete de crise para acompanhar a situação de conflitos na região. O gabinete, que será coordenado pela ministra, é composto por representantes de diversos órgãos e entidades vinculados ao Ministério dos Povos Indígenas, além do Ministério da Justiça e Segurança Pública; Governo do Estado da Bahia, Defensoria Pública da União, Ministério Público Federal, Conselho Nacional de Direitos Humanos e Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).

O gabinete de crise terá duração de 60 dias.

RadarNews

5 comentários:

  1. É triste vê dois jovens morrer assim , mas diariamente morrem centenas de jovens que escolheram o caminho errado do mesmo jeito , Brancos , negros , pardos , estrangeiros .... Agora so pq os dois são de origem indigena fica esse monte de materia falando coisa .. Vamos cuidar dos jovens brasileiros pra nao irem pra o caminho errado ..independente de raça ou cor .

    ResponderExcluir
  2. Muito triste mesmo, infelizmente esses não serão os últimos,devido uma guerra que já vem se travando por demarcação de terras por décadas ,terras estas que hoje valem muito dinheiro por serem fazendas produtivas, isso tinha acabado no governo Bolsonaro, foi só o lula assumir o poder do País com suas promessas por demarcações que já voltou a guerra,povo sem noção que em vez de apertar os governantes vai logo tomando fazendas e obrigando os donos de terra a sair na força ,é isso que dá acabando em mortes.eu nomeio estas atitudes de retomadas na força como terrorismo,só sabe quem passou por isso sair sem nada e corrido de suas terras.

    ResponderExcluir
  3. VC é um otário... se sua mãe ou imrão fosse atropelado por um birtrem e a cabeça esmagada no asfalto, será que as pessoas iriam rir?

    ResponderExcluir
  4. Demarcação das terras indígenas já.
    Cadeia rigorosa para os fazendeiros mandantes.
    Os pistoleiros têm que se lascar, ficam fazendo o serviço sujo dos fazendeiros, agora são pagar sozinhos.

    ResponderExcluir