Uma jovem de 18 anos denunciou, através de postagem nas redes sociais, as agressões que sofreu do pai, o presidente da Câmara de Vereadores de Campo Formoso, cidade do norte da Bahia, no domingo (12). Nas postagens, ela mostra um olho bastante ferido e as marcas pelo corpo. Em entrevista ao G1, na manhã desta segunda-feira (13), Rafella Carvalho contou que as agressão ocorreram após um comentário do homem sobre a faculdade dela.
O G1 entrou em contato com o pai dela, o vereador José Carvalho, para pedir um posicionamento sobre o caso, mas ele disse que "apesar de ser uma pessoa pública, não tenho nada a declarar sobre minha vida particular".
"Nós estávamos em uma roça do meu tio, que é bem distante, com a minha família, e ele falou para um amigo sobre a faculdade; disse que eu não conseguiria me formar. Eu fiquei muito chateada, como qualquer um ficaria, e comecei a chorar. Nisso, eu liguei para uma amiga ir me buscar porque eu não estava me sentindo bem, que queria ir para minha casa", contou.
Por causa da situação, Rafaella contou que ligou para uma amiga e pediu para fosse buscá-la no local. Como a colega não sabia chegar até o povoado onde a jovem estava, Rafaella pediu ajuda para a madrasta. As agressões começaram em seguida.
"Minha amiga ficou de me pegar em um povoado vizinho porque ela não sabia chegar onde estávamos. Então eu pedi para minha madrasta me levar. Ele não deixou. Eu pedi três vezes. Na terceira vez ele se irritou e me chamou para conversar. Ele me puxou pelo pescoço e me levou para o quarto já me agredindo", revelou.
Ela conta que o pai dava muito murros nela e que usou uma sandália durante as agressões. "Quando ele me colocou no quarto, eu pedi calma para ele. Disse a ele que só estava chorando porque ele tinha me magoado. E ele então disse: 'Eu te magoei? Eu vou te magoar é agora'. Ele então começou a me bater, me agredir. Ele começou a me agredir muito. Ele dizia que era um bom pai, que não deixou me faltar nada material. Ele me deu vários murros. Meu olho está roxo, eu estou toda roxa. Ele usou a sandália também, mas foi mais com a mão", disse
Rafaella pontuou que começou a chorar muito nesse momento, mas, mesmo assim, o pai não parava de agredi-la. Ele só parou após pedido de um amigo.