Um movimento espontâneo de cidadãos, “SOS Hospital Regional”, realizará na tarde desta terça-feira (20), às 16h, um ato em defesa do funcionamento ambulatorial do Hospital Regional Luiz Viana Filho (HGLVF), na Praça JJ Seabra, próximo ao Palácio Paranaguá, em Ilhéus. O clamor é pelo funcionamento do único equipamento público de portas abertas, de urgência e emergência da cidade. Após 47 anos de funcionamento por gestão direta do Estado, o Hospital Regional teve suas portas fechadas pelo poder público no final do ano passado.
Após 47 anos de funcionamento por gestão direta do Estado, o Hospital Regional teve suas portas fechadas pelo poder público no final do ano passado. A imposição do ente estatal é que o mesmo, transferido do Estado da Bahia para o Município de Ilhéus, funcione como um Hospital materno-infantil de referência de alto risco para atender a microrregião, com abrangência de 121 municípios, com captação dos recursos pela via federal, gestão de rede do SUS, financiamento de área e pelas diretrizes da Rede Cegonha.
A proposta técnica apresentada pelo governo municipal em 2017, propõe uma gestão indireta, via organização social, em que a instituição executora da proposta, responderá não só pela gestão, bem como a operacionalização e execução das ações e serviços de saúde para o hospital materno-infantil, tendo a fiscalização feita pelo próprio município. No entanto, a população ilheense parece não estar muito afeita ao fechamento do Hospital, com a retirada do atendimento ambulatorial de urgência e emergência, perfil adulto e 117 leitos de que dispunha. Várias manifestações e movimentos tem sido realizados desde o seu fechamento.
Na última quinta-feira (15), foi entregue ao Secretário de Saúde do Estado (Sesab), Fábio Vilas Boas, em Salvador, pela servidora Jorgina Sena e entidades, 5630 assinaturas da população ilheense e região contra o fechamento do HGLVF, representando todos os cidadãos prejudicados com a desativação do Hospital. Contudo, a resposta do Governo do Estado foi contundente: em sábado último (19), a Sesab anunciou recursos para a reforma do Regional, para transformá-lo em um equipamento materno-infantil de alto risco.
Nenhuma audiência pública por parte dos governos do Estado e nem do Município, foi realizada até o presente momento como consulta para saber qual é o desejo da população. Representantes da sociedade civil, já se manifestaram em redes sociais diante do atual situação. Uma das integrantes do movimento SOS Regional, Ilka Santos, declarou em rede que “muito me preocupa a saúde da população com o fechamento do Hospital Regional.
A questão da perda de tantos leitos passou da preocupação e infelizmente virou realidade. Se antes as pessoas sofriam em macas nos corredores devido a superlotação, hoje agonizam em busca de socorro e alívio de suas dores e sofrimentos. Esse crime feito contra uma população tão sofrida, é imperdoável. Não paramos de nos mobilizar e tentar mostrar ao Prefeito, Governador e secretário do Estado que o Regional precisa reabrir suas portas antes que seja tarde demais. Estaremos na Praça da Prefeitura às 16hs para mais uma vez gritarmos: #somostodosregional”.
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