sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Opinião: A individualidade apequenou Neymar

O duelo mais esperado das oitavas de final da Liga dos Campeões colocou o Real Madrid na frente, depois de vitória por 3-1, de virada, contra o badalado Paris Saint-Germain, de Neymar. O melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo, fez uma partida mediana, mas foi muito eficiente e decisivo ao anotar dois gols. Aliás, o grande aperitivo do duelo se resumia a Ronaldo x Neymar, dois dos melhores do mundo.

O craque português mais uma vez brilhou e foi decisivo, enquanto o astro brasileiro perdeu gols, foi improdutivo e, principalmente, individualista. Cavani e Mbappé que o digam, afinal, em inúmeras ocasiões deram opção para receber o passe, mas o brasileiro preferiu decidir as coisas sozinho e sempre fez a escolha errada. Restou ao francês e uruguaio esbravejar com gestos e palavras.


A capa dos principais jornais europeus foi bastante crítica à participação de Neymar no jogo. De fato, a atuação do brasileiro foi abaixo do que dele pode se esperar. Em um jogo desse tamanho é que os grandes se apresentam e decidem. Neymar, porém, se limitou aberto na ponta esquerda, dando dribles para o lado, e quando recebia passe na intermediária, não procurava a tabela nem o passe em profundidade para algum de seus companheiros, mas sempre escolhia decidir a jogada sozinho. A demasiada individualidade atrapalhou não somente seu desempenho, mas também ao PSG.

Jogadores como Cristiano Ronaldo, Messi, Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Zidane, que já ganharam Bola de Ouro, só obtiveram tão êxito justamente por não serem individualistas, mas cooperadores do time. Suas respectivas equipes não jogavam em torno deles, eram eles que faziam suas equipes crescerem. Não era suas equipes que os potencializavam, eram eles que potencializavam o poderio de suas equipes. Se Neymar quer ser melhor do mundo, não basta sair da “sombra” do Messi, é preciso eliminar a individualidade de seu encantador futebol. Neymar tem potencial elevadíssimo, mas nota-se claramente que ainda lhe falta o amadurecimento necessário para alcançar o posto de melhor do mundo.

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