quarta-feira, 7 de março de 2018

Laudo aponta que 9 vacas mortas de forma misteriosa em fazenda no norte da Bahia foram envenenadas

Um laudo apontou que as nove vacas leiteiras mortas de forma misteriosa em uma fazenda localizada na zona rural de Juazeiro, cidade no norte da Bahia, em dezembro de 2017, foram envenenadas. O caso é investigado pela Polícia Civil, que ainda não informou se algum suspeito foi identificado.

O resultado do laudo foi divulgado após amostras de sangue e das vísceras dos animais serem colhidas por um fiscal e um veterinário da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e encaminhadas para laboratórios de Salvador e Belo Horizonte.

Conforme o órgão, três tipos diferentes de venenos foram encontrados nas vacas mortas na fazenda, que fica no bairro Dom José Rodrigues. "Foram encontradas iscas usadas no combate de roedores, de ratos, e substâncias usadas tanto para o controle de ectoparasitas em animais quanto em plantações. Foram encontrados também mercúrio e chumbo", disse o fiscal da Adab, José Arnaldo Silva.

A pecuarista Pércida Silva, proprietária dos animais mortos, diz que ainda não se recuperou do prejuízo. Ela criava 19 vacas leiteiras e, dessas, nove foram encontradas agonizando no dia 25 de dezembro. "O que me chocou mesmo, depois de tudo, de ver a dor e o sofrimento dos animais, foi ver o resultado essa semana que me fez deparar com essa atrocidade", conta.

A proprietária conta que os animais passaram mal depois que foram levados para um pasto na fazenda. Todas estavam prenhas e apenas uma das que apresentaram mal-estar sobreviveu.

Após o ocorrido, Pércida reforçou a segurança na fazenda para proteger o rebanho que restou. Ela, agora, quer descobrir quem foi o responsável pelo envenenamento das vacas. "É injustificável tudo que está acontecendo, chocante. É mistério. Então, a gente fica se perguntando até que ponto vai a maldade humana", disse a dona dos animais.

A Polícia Civil informou, nesta terça-feira (6), que só vai se pronunciar sobre o crime na quarta-feira (7).

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