O homem que, segundo a Polícia Federal, tratava o cartório de 1º Ofício de Registro de Imóveis e Hipotecas de Vitória da Conquista, Sudoeste da Bahia, como “propriedade privada”, e que foi preso numa operação nesta terça-feira (3), tinha escondido em casa um rifle com luneta de mira importada do Paraguai e R$ 470.717.
A arma e o dinheiro foram encontrados pela PF durante cumprimento de prisão preventiva e de mandado de busca e apreensão do oficial titular do cartório Antonio Carlos de Jesus Bramont, chefe do esquema criminoso, segundo a polícia. Na casa dele estavam R$ 71.780 em espécie, R$ 390.000 em cheques e US$ 2.700.
Também participavam do esquema duas filhas do oficial do cartório: Amanda Bezerra Bramont e Anna Caroline Bezerra de Castro, além da despachante Maria Aparecida de Souza Pereira. Elas foram presas temporariamente (por cinco dias) na operação, e tiveram busca e apreensão em suas residências. Ainda na casa de Bramont, localizada em bairro nobre de Conquista, a polícia encontrou um “cartório” particular que funcionava como uma extensão do 1º Ofício de Registro de Imóveis e Hipotecas. De casa, junto com as filhas, Bramont se sentia livre para cometer atos de corrupção, informa a polícia.
“Ele [Bramont] atendia gente [na casa], elaborava atos cartorários, tinha uma impressora já com papel timbrado do cartório na casa dele, o que não é permitido pelo Tribunal de Justiça da Bahia”, contou o delegado federal Jorge Vinícius Gobira Nunes, chefe da Delegacia de Vitória da Conquista.
De acordo com a PF, essas práticas eram praticadas pelo acusado há pelo menos 15 anos. O cartório ficará fechado até a nomeação, por parte do TJ-BA, de um novo responsável, já que o titular foi afastado pela Justiça Federal na mesma decisão que mandou prendê-lo.
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