A mulher que deixou um bebê na porta de uma igreja católica, na semana passada, em Itajuípe, foi encontrada pela polícia. Ela é mãe do menino e contou que abandonou o filho porque não tinha condições de criá-lo. De acordo com o delegado Josemar Chianca, titular de Itajuípe, a mulher, que não teve a identidade divulgada, prestou depoimento nesta sexta-feira (27).
Além do bebê, ela tem mais oito filhos. A família mora na zona rural da cidade de Santa Luzia, a cerca de 100 km de Itajuípe. Segundo o delegado, a mulher foi liberada após prestar depoimento, porque não houve flagrante. Ela será indiciada por abandono de incapaz. Conforme o delegado Josemar Chianca, a mãe do bebê contou que tentou doá-lo, mas não conseguiu e, por isso, resolveu deixar a criança na igreja, com a esperança de que alguém o pegasse para criar.
A suspeita só foi encontrada depois que uma vizinha da irmã dela, que mora em Itabuna, identificou a roupa que o bebê usava quando foi abandonado, por meio de fotos divulgadas após o caso. A irmã da mãe do bebê, que também não teve a identidade divulgada, prestou depoimento antes da suspeita e contou que ela teria dado à luz em um hospital de Itabuna. Em seguida, a polícia realizou testes e confirmou a identidade da mãe do garoto. O bebê está em um abrigo de Itajuípe desde o dia 20 de julho, quando foi encontrado. De acordo com o delegado, a tia do menino demonstrou interesse em ficar com ele, mas, provavelmente, a criança deve ser direcionada para a adoção.
O caso está sob investigação. O inquérito deve ser remetido ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) nos próximos dias. A Justiça determinará o destino do bebê e a pena que a mãe dele deverá cumprir.
O bebê foi encontrado por um adolescente, na grama do jardim da igreja, por volta das 14h do dia 20 de julho. O sol estava intenso no momento. O garoto contou que a criança chorava muito. Conforme o Conselho Tutelar, o bebê foi levado para um hospital da cidade, onde passou por exames. Em seguida, a criança foi levada para o abrigo. Inicialmente, a polícia suspeitou que a mãe do bebê fosse outra pessoa. Duas suspeitas chegaram a ser identificadas, mas, em seguida, tiveram a relação com o caso descartada. (G1)
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