Do Pimenta
Há quase uma década os moradores do bloco 2 do Condomínio Residencial Jaçanã, localizado na avenida Manoel Chaves, no Jaçanã, em Itabuna, sofrem xingamentos e ameaças de uma mulher com transtornos mentais.
A mulher, de aproximadamente 40 anos, mora sozinha, sem nenhum acompanhamento psiquiátrico e familiar. A família, segundo a antiga administradora do condomínio, não quer nem saber dela. Várias ligações foram feitas para os parentes, sem retorno.
Com a ausência da família, os moradores não têm a quem recorrer. E ela liga som alto, TV, xinga e ameaça os moradores de morte. Já atacou algumas pessoas, inclusive crianças, com faca, vasos de planta. A mulher além de ligar os aparelhos eletrônicos na maior altura, canta e grita no mesmo “tom”, isso acontece a partir das 5h, de domingo a domingo.
O funcionário público Carlos Anderson disse que ninguém nunca se reportou a ela por que está sempre agressiva e dizendo palavras de baixo calão, e acrescentou “é melhor buscar os meios legais, como polícia, Ministério Público e Judiciário. Acho que só eles poderão nos ajudar por que a família ninguém encontra”.
Recentemente ameaçou de morte um idoso de quase 80 anos. Ele está encurralado dentro do próprio apartamento, com medo. No domingo, 6, ela o ameaçou na presença de outros moradores, quando este descia as escadas na companhia de sua esposa. Ambos ao vê-la, voltaram ‘correndo’ para subir as escadas.
O idoso disse que vive ameaçado e que no dia anterior, ela foi até a porta de seu apartamento para intimidá-lo, ameaçando-o, e acrescentou “essa mulher precisa sair daqui”.
“A situação é insustentável. Não há a menor possibilidade dessa mulher permanecer aqui, ela é uma ameaça constante. Todos vivem com medo, as crianças não podem sair de casa, brincar na área comum, ninguém tem o direito de abrir a porta da própria casa, até colocar o lixo é um desafio”, disse a jornalista Neandra Pina.
No domingo, assim como em outras ocasiões, as ofensas e ameaças foram generalizadas, levando um grupo de moradores a acionar a Polícia Militar, que foi ao local e ao constatar a situação, chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A doente foi encaminhada pela equipe do Samu ao Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães (HBLEM), onde foi medicada, mas retornou para casa em poucas horas, deixando os moradores aflitos e temerosos.
Uma queixa foi registrada na polícia civil por, pelo menos, seis moradores, que já avisaram: “vamos ao Ministério Público e Judiciário. ninguém suporta mais essa situação”. O caso está sob a responsabilidade da delegada Katiana Amorim, da 2ª Delegacia.
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