Pressionado pelo PT e pelo próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a aceitar ser o Plano B do partido, com a possível impugnação da candidatura de Lula à Presidência, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner já teria decidido que não poderá aceitar o encargo, disseram à Reuters fontes que acompanham o assunto. O ex-governador é pré-candidato ao Senado pela Bahia, em uma eleição dada como praticamente certa no Estado, desde o início renegava a ideia de ser um Plano B. No entanto, como mostrou a Reuters, seu nome como substituto de Lula cresceu dentro do partido nas últimas semanas, insuflado pelo próprio ex-presidente.
Lula chegou a cogitar a ideia de uma chapa com Wagner tendo o dono da Coteminas, Josué Gomes, como vice. Neste caso, o empresário, filho do vice-presidente de Lula, José Alencar, representaria o Sudeste empresarial, enquanto Wagner representaria o Nordeste, em uma composição que lembraria a chapa do ex-presidente em 2002 e 2006. “Todas as semanas ele (Wagner) recebe gente da direção do partido que tratam desse assunto, inclusive com recados do ex-presidente”, contou uma fonte próxima a Wagner. O ex-governador e ex-ministro teria balançado e prometido avaliar um pedido de Lula, mas a resposta deve ser negativa.
Na sexta-feira, em um evento do PT na cidade de Teixeira de Freitas, contou a fonte, o senador Otto Alencar (PSD), que apoia o partido no estado, chegou a afirmar que “estava com Lula” e, se o ex-presidente não puder concorrer, estaria com Wagner. Ao lado, o ex-governador apenas sorriu. O PT faz a convenção que vai confirmar Lula como candidato no dia 4 de agosto e tudo caminha para ter também um vice do próprio partido, já que negociações de alianças até agora não avançaram. Pela lei, o substituto pode ser o eventual vice na chapa de Lula, mas não é obrigatório. O partido pode incluir outro nome na chapa com a eventual impugnação da candidatura do ex-presidente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário