quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Membro da facção “Tudo Dois” é preso por dupla tentativa de homicídio; um dos crimes foi encomendado pelo líder “Zé do Pó”

A facção comanda o tráfico de drogas no bairro Nossa Senhora da Vitória, em Ilhéus. Zé do Pó ordenou a morte de “Danto”, irmão de um "Minho", integrante da facção rival “Tudo Três” 
A Polícia Civil de Ilhéus prendeu na tarde de ontem (21) mais um integrante da facção “Tudo Dois” (antigo Raio A), investigada por tráfico e homicídios na cidade. Trata-se de Wellison, mais conhecido como “Nem”. O acusado foi detido, após se apresentar no Núcleo de Homicídios de Ilhéus, acompanhado de sua advogada. Só que já existia um mandado de prisão contra ele.

Wellison é investigado por participação em uma dupla tentativa de assassinato contra Anderson Oliveira de Souza, o “Danto”, e Dilson Costa Silva, o “Dilsinho”. Os atentados aconteceram na noite do dia 30 de setembro desse ano, no Bar de Jabinho, no bairro Nossa Senhora da Vitória, naquela cidade. “Nem” já tem outras passagens. Uma quando ainda era adolescente e outra, em 2016. Ambas por tráfico de drogas.  

Segundo as investigações, o alvo, na verdade, era apenas “Danto”, cuja morte teria sido encomendado por José Roberto Freitas Viana, o “Zé do Pó”, líder da facção “Tudo Dois”, que controla o tráfico de drogas no bairro Nossa Senhora da Vitória. 

O crime foi motivado por disputas entre facções criminosas. “Danto”, de acordo com a polícia, é irmão do traficante Anselmo Oliveira de Souza Filho, o “Minho”, integrante da facção "Terceiro ou Tudo Três, inimiga da organização “Tudo Dois”. Anselmo, inclusive, cumpre pena no Conjunto Penal de Serrinha (BA).

Zé do Pó também está na prisão. Ele foi detido, preventivamente, no último dia 14, em companhia do comparsa, Ualisson Santos da Silva, o “Kiko”, que já tinha passagem por tráfico de drogas. Dois dias depois, a Polícia Militar prendeu Daniel Calixto de Souza dos Santos, o “Danielzinho”, outro integrante da facção. Dois dias após a tentativa de homicídio contra Danto e Dilson, Daniel chegou a ser preso em flagrante pela PM por posse irregular de arma de fogo. 

Quanto ao líder do bando, o Zé do Pó, já foi preso antes e condenado pelo Tribunal do Júri, pela prática de homicídio tentado, fato ocorrido na cidade de Ilhéus, em 1999. Na época, ele cumpriu mais de sete anos de prisão na Penitenciária Lemos de Brito, em Salvador. Em 2015, Zé do Pó voltava para a prisão, dessa vez, em Ilhéus, por tráfico. 

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