Servidores e pacientes de um posto de saúde localizado em Santa Cruz, que fica no complexo de bairros do Nordeste de Amaralina, em Salvador, foram feitos reféns na tarde desta segunda-feira (10). Dezesseis pessoas ficaram em poder de quatro bandidos por mais de três horas. Os homens se renderam por volta das 19h20, após negociação com a polícia. Uma arma foi apreendida com eles. Dezenas de moradores da região acompanharam toda a situação na rua em frente ao posto.Conforme a polícia, os suspeitos exigiram que familiares deles e a imprensa fossem para o local para acompanhar a negociação. Três deles estavam em uma sala com 15 reféns, sem armas, mas fingido estarem armados. Um terceiro homem estava armado em outra área do posto de saúde, com mais uma refém.
Após se entregarem, os suspeitos foram levados pela PM para a Central de Flagrantes da Polícia Civil, onde o caso será registrado. Segundo o coronel Humberto Sturaro, comandante da Unidade de Policiamento Especializado da PM, eles devem responder por cárcere privado, porte de arma e tráfico de drogas. Os reféns começaram a deixar a unidade de saúde por volta das 19h35.
Eram 15 adultos e uma adolescente. Eles não tiveram a identidade revelada. Nenhum dos reféns teve ferimentos. A primeira a sair foi a adolescente. A garota foi abraçada pela mãe, que a esperava na frente do posto de saúde, e, em seguida, foi levada para casa. Por volta das 19h45, os outros 15 reféns deixaram o centro de saúde, acompanhados de policiais militares. Eles não tiveram condições de falar com a imprensa. A maioria era de servidores do posto e saiu em carros próprios. Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), por volta das 16h, quatro homens armados invadiram a Centro de Saúde Osvaldo Caldas Campos, após uma troca de tiros com PMs das Rondas Especiais (Rondesp) Atlântico, durante uma perseguição na região.
No confronto, informou a SSP, três suspeitos foram baleados e morreram. Os homens, de acordo com a Secretaria de Segurança, faziam parte de uma quadrilha de tráfico de drogas que atua na região. A população, no entanto, contesta a versão da polícia e diz que os PMs já chegaram no bairro atirando. Um policial militar das Rondas Especiais também foi atingido na mão. Ele foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE) e, segundo a SSP, não corre risco de morte. Três armas foram apreendidas com o trio. Após o ocorrido, o posto de saúde foi fechado. O policiamento foi reforçado na região do complexo de bairros do Nordeste de Amaralina, segundo a SSP.
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