segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Em Ilhéus, Dirceu diz que governo de Bolsonaro está derretendo

Por Daniel Thame

Inicialmente previsto para a Academia de Letras de Ilhéus, que recuou em função da pressão de grupos de direita, em sua maioria ligados a Jair Bolsonaro, o lançamento do livro “Memórias”, de Zé Dirceu, realizado na Tenda do Teatro Popular, que se revelou um espaço plural e democrático, reuniu cerca de 300 pessoas e transformou-se num ato de resistência.

Recebido aos gritos de “Dirceu guerreiro do povo brasileiro” e “Lula Livre”, ele fez um pronunciamento de cerca de 40 minutos, em que, entre outras coisas, destacou que os governos Lula e Dilma realizaram grandes avanços no combate à fome e a pobreza, geração de empregos e expansão da economia, mas errou ao não aprofundar o diálogo com os movimentos sociais. Dirceu disse ainda que “o PT foi ingênuo ao criar um aparato policial judiciário que se voltou contra nós”.
Petista lançou livro em Ilhéus (Foto: Blog do Thame)
O petista disse que o Governo Bolsonaro parece estar derretendo em 20 dias, com denúncias que podem chegar ao núcleo do poder, mas lembrou que “a base de apoio popular do presidente não pode ser desprezada”, citando os evangélicos e o seu contato permanente com as classes menos favorecidas. Dirceu também criticou a flexibilização do uso de armas. “Não precisamos de armas, precisamos de escolas em tempo integral e de empregos para nossos jovens”.

No final do pronunciamento e antes de iniciar a sessão de autógrafos do livro, Zé Dirceu fez uma convocação à militância: é hora de resistir, ser vermelho, ser petista”, encerrado com o coro de “Lula Livre”.
O lançamento do livro reuniu, entre outros, o deputado federal Josias Gomes, o deputado estadual Rosemberg Pinto, o presidente estadual do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, os ex-prefeitos de Itabuna, Geraldo Simões, Ibicaraí, Lenildo Santana, e Itororó, Adroaldo Almeida e lideranças de movimentos sociais como MST, MLT, sindicatos, etc.

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