Um dos primeiros condenados da Operação Lava-Jato, o ex-deputado federal Luiz Argolo deixou a penitenciária Lemos de Brito, em Salvador, nesta terça-feira (16). A decisão foi assinada pelo juiz Almir Pereira de Jesus, da 2ª Vara de Execuções Penais da capital baiana. Condenado a 12 anos e 8 meses de detenção, inicialmente em regime fechado, o ex-parlamentar estava preso desde 2015, acusado de desviar dinheiro da Petrobras. A defesa de Argolo tentava a autorização da liberdade condicional, mediante parcelamento em 152 vezes do débito que ele tem com a Justiça, no valor de R$ 1,9 milhão. O montante representa a soma do que ele teria desviado dos cofres da estatal com uma multa de R$ 629 mil.
Na última quinta-feira (11), a juíza Carolina Lebbos, da Vara de Execução Penal de Curitiba, autorizou o parcelamento do débito em 104 parcelas, o que corresponde ao total de meses que Argolo tem ainda para cumprir a pena. "O pagamento da primeira parcela deverá ocorrer no prazo máximo de 15 dias, devendo as parcelas seguintes serem depositadas mensalmente, até o dia 30 de cada mês", escreveu Carolina Lebbos. Cada parcela tem o valor de R$ 19.437,44, uma vez que a dívida, acrescida de correção monetária, já alcançou R$ 2.021.494,16.
Luiz Argolo foi o terceiro político condenado pela Operação Lava-Jato e está preso desde 10 de abril de 2015, inicialmente no Complexo Médico-Penal, em Curitiba. Ele foi, no entanto, beneficiado pela remição de 505 dias do cumprimento da pena, em razão de atividades desenvolvidas dentro da Penitenciária Lemos de Brito, em Salvador, com o fim da pena estipulado para 22 de julho de 2026. Como todo preso no regime semi-aberto, o ex-parlamentar precisa cumprir obrigações com a Justiça. Na decisão, o juiz Almir Pereira de Jesus, do Tribunal de Justiça da Bahia, afirmou que Argolo só conseguiu o livramento condicional, porque já cumpriu um terço da pena em regime fechado.
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