No Brasil há quase três anos, a médica cubana Maydelkis Ferrer tem vendido espetinho de churrasco para conseguir se manter, depois da saída dos profissionais do país no Programa Mais Médicos.
Maydelkis é natural da cidade de Morón, que fica na província Ciego de Ávila, em Cuba. Hoje, ela mora em Jacobina, no norte da Bahia, e não pretende ir embora do Brasil. A médica se casou com um baiano no ano passado, com quem divide a vida e a nova ocupação.
Ela lembra que quando chegou em terras brasileiras, em agosto de 2016, passou cerca de 60 dias em Brasília, em acolhimento pelo programa Mais Médicos. "Eu esperei também a documentação com a Polícia Federal para ter uma estadia legal no país. Logo fui estabelecida na Bahia, no município de Jacobina. Eles [governo] nos colocaram no local em que íamos a trabalhar".
A médica conta ainda que trabalhou junto com outras quatro cubanas, em várias unidades de saúde da cidade, inclusive substituindo médicos brasileiros quando eles saíam de férias. Adaptada na cidade, Maydelkis lembra que não foi difícil se adequar ao local. Para ela, os baianos são receptivos. "Jacobina é uma cidade muito acolhedora. Aqui eu tenho muitas amizades que me apoiam. Parece muito com Cuba esta área. Logo em um ano [de chegada na cidade], eu conheci a pessoa que hoje é meu esposo. Começamos a namorar, até que ficamos noivo e casamos", relembra. (G1)
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