sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Oposição avalia começo do segundo mandato de Rui

Targino Machado
Líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Targino Machado (DEM) criticou o início do segundo governo de Rui Costa (PT). Para o democrata, o primeiro ano da segunda administração do petista deixa um saldo “negativo”. “O governo do estado lamentavelmente finaliza o ano de 2019 com uma avaliação negativa, especialmente nas áreas essenciais para a população”, afirmou. “A Bahia chega ao fim de 2019 amargando, novamente, as primeiras posições do ranking de homicídios e as últimas na educação, com o pior ensino médio do país. Na saúde, ainda não há uma solução para a fila da regulação, que segue vitimando pessoas, especialmente aquelas que mais precisam do serviço do estado. A Bahia segue com problemas tamanho G”, emendou.

O chefe da minoria atacou os indicadores do estado. Citando dados do Atlas da Violência, o democrata afirmou que a Bahia segue com o maior número de homicídios, com 7.487 casos em 2017 e supera estados mais populosos como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O deputado também criticou os cortes em cerca de 30% no orçamento das universidades estaduais. “Além de saúde, educação e segurança, o ranking aponta indicadores ruins da Bahia em inovação e potencial de mercado. O resultado é preocupante, pois evidencia a falta de políticas públicas efetivas para o desenvolvimento sustentável do estado e a ausência de soluções para resolver problemas das áreas essenciais, como saúde, educação e segurança. A falta de inovação, de incentivo à pesquisa, é evidenciada pelos cortes nas universidades estaduais”, frisou.

Targino criticou a situação financeira do estado. Segundo ele, a Bahia tem 96,2% de sua receita líquida comprometida “O resultado disso tudo é que a Bahia tem classificação C na Capacidade de Pagamento (Capag). Em suma, o estado é considerado caloteiro, mau pagador, sem condições de contrair empréstimos com garantia da União (...) Rui precisa reduzir a prática de Despesa de Exercício Anterior, que deveria ser uma excepcionalidade, mas virou uma espécie de autorização de crédito sem autorização do Legislativo. Isso nada mais é do que uma pedalada fiscal clássica”, ressaltou “O sinal amarelo para o governo está ligado e, se não houver uma gestão mais equilibrada, as contas do estado podem ficar ainda mais comprometidas para os próximos anos”, acrescentou.

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