Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) sequenciam o vírus da trabalhadora doméstica, paciente de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, que foi o segundo caso de coronavírus na Bahia. O objetivo do grupo é estudar se houve possíveis mutações da doença. Segundo o virologista do Instituto de Ciências da Saúde da UFBA, Gúbio Soares, o estudo é importante para saber se o vírus está sofrendo mutações de um país para outro.
"Nós começamos a sequenciar essa mostra para sabermos se o vírus tem as mesmas características do exterior, vindo da Itália, porque a pessoa que foi identificada em Feira de Santana veio da Itália e passou para a empregada", disse o virologista. De acordo com Gúbio Soares, a sequenciação do vírus deve terminar na terça-feira (17), e até quinta (19) os pesquisadores deve ter o genoma completo do coronavírus.
A mulher, que está sendo estudada pelos pesquisadores da UFBA tem 42 anos e teve contato domiciliar com a primeira paciente do estado, quando ainda estava sintomática. Ela foi a primeira transmissão local do coronavírus na Bahia. O terceiro caso também é uma mulher, uma idosa de 68 anos, mãe da trabalhadora doméstica. O quarto caso de Feira de Santana também se trata de um idoso, de 73 anos. Ele é marido da idosa.
A dona da casa onde a mulher trabalha foi liberada do isolamento domiciliar, na cidade de Feira de Santana. A mulher, que tem 34 anos, contraiu o coronavírus em uma viagem internacional. Ela retornou da Itália em 25 de fevereiro, com passagens por Milão e Roma, onde aconteceu a contaminação. Com a liberação do isolamento, ela pode retornar às atividades normais.
Para ser liberada do isolamento, a mulher fez um novo exame do coronavírus. O resultado, que saiu na última sexta-feira (13), deu negativo para o vírus. Ela passou o período de 14 dias sem contato com familiares ou amigos, dentro de casa, sem necessidade de atendimento hospitalar.
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