No pronunciamento de ontem (24) em que anunciou a sua saída do governo, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro acusou o presidente Jair Bolsonaro de querer interferir na Polícia Federal para que tivesse cargos ocupados por pessoas de sua confiança e obter informações. De acordo com o jornal O Globo, aliados do chefe do Executivo afirmam que ele reclamava com frequência da falta de investigações contra alguns representantes políticos.
Bolsonaro teria demonstrado acreditar que a PF “fazia corpo mole” ao não investigar os governadores João Doria (SP) e Wilson Witzel (RJ), além do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Um integrante do Judiciário afirmou ao jornal que “a recusa em atuar no inquérito das fake news, que pode respingar no Eduardo (Bolsonaro), foi o estopim”.
“Bolsonaro queria autonomia para 'pilotar' a PF como um todo, principalmente para investigar Maia, a quem ele vem pedindo mais empenho nas investigações”, completou ele. Já um aliado do presidente no Palácio do Planalto mencionou ainda insatisfações com a falta de apuração sobre a as atuações de Doria e Witzel.
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