O Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizou o uso de cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com sintomas leves a partir da confirmação do diagnóstico de Covid-19. O parecer foi apresentado nesta quinta-feira (23) ao presidente Jair Bolsonaro, com a ressalva de que não há estudos científicos que comprovem a eficácia dessas drogas.
De acordo com o documento, a falta de estudos que comprovem a eficácia dos medicamentos faz com que não haja embasamento para a recomendação do conselho, assim, os médicos poderão optar por seu uso sem que haja sanção por "infração ética".
O CFM conclui que as drogas poderão ser usadas em três estágios da doença:
Em pacientes com sintomas leves desde que outras viroses tenham sido descartadas e que haja confirmação de infecção pelo coronavírus;
Em pacientes com sintomas mais significativos ainda que não tenham sido internados e que não precisem de cuidados intensivos;
Em pessoas cujo quadro seja grave;
O conselho alerta para possíveis reações adversas causadas pela substância, como náusea, diarreia, vômito, e em situações mais graves toxicidade ocular, cardíaca, neurológica e cutânea.
"Apesar de haver justificativas para a utilização desses medicamentos, como suas ações comprovadamente anti-inflamatórias e contra outros agentes infecciosos, seu baixo custo e o perfil de efeitos colaterais ser bem conhecido, não existem até o momento estudos clínicos de boa qualidade que comprovem sua eficácia em pacientes com COVID-19. Esta situação pode mudar rapidamente, porque existem dezenas de estudos sendo realizados ou em fase de planejamento e aprovação", diz o texto.
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