A rede é um projeto de colaboração científica e multidisciplinar com objetivo de monitorar a pandemia. É uma iniciativa conjunta do Cidacs/Fiocruz e da UFBA, com apoio de colaboradores de outras instituições de pesquisa nacionais e internacionais.
A análise dos dados sugere “fortemente, que as medidas de distanciamento social e redução do fluxo de transportes intermunicipais vêm achatando a curva da epidemia” no estado.
O boletim cita que a Bahia começou a notificar casos confirmados de Covid-19 em 6 de março. Entre 17 e 28 de março, várias ações gradativas foram tomadas no estado, como o fechamento de unidades de ensino.
O estudo sugere que, desde dia 26 de março, a Bahia passou a registrar redução na taxa de transmissão do Covid-19, o que pode ser observado no gráfico divulgado, pelo deslocamento das curvas que representam o avanço da pandemia na ausência de intervenção (em vermelho) e com a adoção das medidas de intervenção (em azul).
“É válido ressaltar que, embora haja crescimento no número de casos em ambos os cenários, a intensidade deste aumento é menor quando medidas de isolamento e restrição à circulação são adotadas. Para ilustrar este efeito, até o dia 6 de abril, foram confirmados 437 casos de Covid-19 no estado da Bahia. No entanto, no modelo sem nenhuma intervenção, seriam projetados mais de 800 casos até aquele dia”, diz o boletim.
Também conforme o boletim, a suspensão do fluxo de transporte intermunicipal em apenas 10% dos municípios baianos foi suficiente para gerar um atraso entre os picos de infecção de Salvador e demais municípios.
O estudo aponta também que os resultados reforçam a importância da manutenção das medidas de isolamento social na Bahia, já que os efeitos das intervenções só funcionarão se estas estratégias foram mantidas por certo período de tempo e se a taxa de transmissão for reduzida de forma suficiente.
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