Os leitos de UTI no Sistema Único de Saúde (SUS) devem chegar neste mês à ocupação máxima na maioria dos estados brasileiros, incluindo a Bahia, devido à pandemia do novo coronavírus. No sistema privado, um número menor chegará ao limite de suas Unidades de Terapia Intensiva em maio. Porém, até o fim de junho, a maioria dos estados deverá ter os leitos particulares e públicos lotados.
As projeções foram feitas a partir de ferramenta criada por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e alimentada regularmente, em parceria com o jornal Folha de S. Paulo, com dados oficiais sobre a evolução da epidemia.
No caso da Bahia, a ocupação máxima de leitos de UTI no SUS deve ocorrer entre 18 e 19 de maio, em todos os cenários analisados. Já os leitos privados não têm possibilidade de ocupação máxima, a não ser no cenário mais pessimista, que prevê que o limite será atingido em 30 de junho. Para evitar o colapso, o estado pode ter que criar até 3.268 leitos de UTI e 911 leitos gerais.
Durante o período de ocupação máxima, a falta de UTIs no sistema público pode atingir cerca de 20 estados e durar, em muitos casos, aproximadamente dois meses. No sistema particular, que tem proporcionalmente mais leitos, a carência de vagas será de cerca de um mês.
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