Pesquisadores franceses, autores de um estudo pioneiro que recomendava o uso da hidroxicloroquina e azitromicina no tratamento da Covid-19, retiraram do ar o trabalho sobre as duas substâncias. De acordo com o portal Bem Estar, da Globo, a equipe responsável pediu, inclusive, que a pesquisa não seja mais referência em outros estudos, sejam eles clínicos ou acadêmicos.
Foi a partir deste estudo, primeiro a encontrar uma suposta substância eficaz contra o novo coronavírus, que o presidente americano Donald Trump passou a defender o uso da hidroxicloroquina. A atitude do político foi reproduzida, posteriormente, pelo presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
Alvo de críticas pela análise superficial e metodologia baseada em apenas 30 pacientes, o estudo foi superado por uma pesquisa mais aprofundada divulgada pela revista The Lancet, na sexta-feira (22). Segundo o periódico especializado em assuntos médicos, a nova pesquisa não encontrou relação no uso da cloroquina e melhora dos pacientes diagnosticados com a Covid-19.
O novo estudo, que teve uma base de 96 mil infectados, também alertou que além da cloroquina e hidroxicloroquina não terem eficácia contra a doença, pacientes que foram tratados com ambas as substâncias podem ter piora cardíaca e até mesmo aumento do risco de morte durante a internação.
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