O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, vai prestar depoimento hoje (2) na Polícia Federal, em Curitiba (PR), para esclarecer as acusações contra o presidente Jair Bolsonaro sobre uma suposta interferência política no trabalho da PF e em inquéritos relacionados a familiares. Os fatos foram apontados pelo ex-juiz federal há uma semana, quando se demitiu do ministério.
O ministro decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, que preside a investigação, havia determinado o prazo de 60 dias para tomada do depoimento. No entanto, a pedido de parlamentares, o magistrado reduziu o período para cinco dias. O inquérito foi autorizado pelo STF e vai investigar se as acusações de Moro são verdadeiras. Se não forem, o ex-ministro poderá responder na Justiça por denunciação caluniosa e crimes contra a honra.
Ex-juiz federal da vara de Curitiba, Moro esteve à frente do julgamento das ações da Operação Lava Jato por cinco anos, de 2014 a 2018, e ficou responsável por determinar a prisão de diversos empresários e políticos infratores.
“Sinais de que o combate à corrupção não é prioridade do governo foram surgindo no decorrer da gestão. Começou com a transferência do Coaf para o Ministério da Economia. O governo não se movimentou para impedir a mudança. Depois, veio o projeto anticrime”, disse Moro, em entrevista à revista Veja.
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