Ex-ministro da Justiça e ex-juiz da Operação Lava Jato, Sérgio Moro declarou que o combate à corrupção não é prioridade do governo Bolsonaro e que não teve o apoio necessário para implementar políticas publicas. Ele esteve à frente do julgamento das ações da Operação Lava Jato por cinco anos, de 2014 a 2018, e ficou responsável por determinar a prisão de diversos empresários e políticos infratores.
“Sinais de que o combate à corrupção não é prioridade do governo foram surgindo no decorrer da gestão. Começou com a transferência do Coaf para o Ministério da Economia. O governo não se movimentou para impedir a mudança. Depois, veio o projeto anticrime”, disse Moro, em entrevista à revista Veja.
“É bom ressaltar que o Executivo nunca negociou cargos em troca de apoio, porém mais recentemente observei uma aproximação do governo com alguns políticos com histórico não tão positivo. E, por último, teve esse episódio da demissão do diretor da Polícia Federal sem o meu conhecimento. Foi a gota d’água", acrescentou.
Questionado sobre as acusações contra o presidente e as provas, Moro afirmou que iria dar detalhes somente ao STF. "Reitero tudo o que disse no meu pronunciamento. Esclarecimentos adicionais farei apenas quando for instado pela Justiça. As provas serão apresentadas no momento oportuno, quando a Justiça solicitar", declarou o ex-ministro.
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