A família do ex-deputado Nelson Meurer (PP), mais uma das vítimas da Covid-19, vai processar a União após seu falecimento no Paraná, enquanto estava preso. De acordo com a defesa do primeiro condenado na Operação Lava Jato alega que a sua morte "não foi uma fatalidade", mas que já havia sido "anunciada". O ex-deputado de 78 anos, que era hipertenso, diabético e cardiopata, teve o pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça.
O advogado Michel Saliba defende que houve um erro na prestação jurisdicional, de não garantir a Nelson o direito à vida. “Mesmo se não tivesse tido a pandemia, ele morreria na prisão, dado seu estado de saúde, que exigia cuidados especiais”, declarou o advogado.
Ele foi internado na última semana em um hospital da cidade de Francisco Beltrão, no Paraná, onde cumpria a pena de 13 anos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O pedido foi negado pelo relator do caso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin.
Saliba diz, de acordo com publicação da Veja, que chegou a se encontrar pessoalmente como o ministro para tratar do assunto, mas que ele "não deu o devido tamanho ao problema". Ao negar mais uma vez o pedido de prisão domiciliar em abril, Fachin justificou que as penitenciárias brasileiras já adotavam as medidas sanitárias necessárias para previnir a contaminação com o novo coronavírus.
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