O Governo Federal confirmou que 565 mil brasileiros foram excluídos do auxílio emergencial no valor de R$ 600. A lista abrange cidadãos presos e que moram no exterior. Há, ainda, o grupo dos que receberam o auxílio emergencial indevidamente, que conta com quase 400 mil funcionários públicos.
A Controladoria-Geral da União identificou nada menos que 395 mil servidores públicos por todo o país que receberam uma ou duas parcelas do auxílio emergencial de R$ 600. O número foi descoberto após a CGU cruzar dados do governo com dados dos Tribunais de Contas dos estados.
Na Bahia, por exemplo, uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia e pela Controladoria-Geral da União identificou que cerca de 70.296 servidores municipais, incluindo ativos e inativos, receberam indevidamente o auxílio emergencial.
De acordo com informações de técnicos dos dois órgãos, trata-se do maior número de casos suspeitos entre todos os estados do país, à exceção apenas do Maranhão. Cerca de R$ 117.171.600 em recursos federais podem ter sido destinados para pagar os benefícios.
Em tese, o auxílio emergencial de R$ 600 deveria ser pago apenas para trabalhadores autônomos, informais, desempregados que não recebem o seguro desemprego e microempreendedores individuais (MEIs). O grupo de trabalhadores é considerado vulnerável durante a pandemia do novo coronavírus.
Para os cofres públicos, o prejuízo é de quase R$ 280 milhões em pagamentos indevidos. A CGU afirma que esses servidores deverão devolver o dinheiro ou provar que tiveram os dados utilizados e foram vítimas de fraude.
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