O Instituto Butantan afirmou que pode negociar diretamente com estados e municípios novas doses de CoronaVac se o governo federal não se manifestar. Segundo o diretor do instituto, Dimas Covas, o lote extra de 54 milhões de doses da Corona Vac foi oferecido ao Ministério da Saúde. O governo federal, no entanto, ainda não fez uma solicitação formal das doses.
Ainda segundo Covas, outros países também já manifestaram interesse. Na tarde de ontem (27) o presidente do Butantan chegou a dizer que as vacinas poderiam ser exportadas se o governo não formalizasse o interesse.
O contrato que inclui a vacina no Plano Nacional de Imunização (PNI) prevê a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, com entrega até 30 de abril. Existe, ainda, a possibilidade de solicitação de outros 54 milhões, totalizando 100 milhões. Pelo contrato, o Ministério da Saúde pode manifestar o interesse pelo segundo lote até 30 dias após a entrega de todas as doses do primeiro.
"Temos esse compromisso inicial com o Ministério [da Saúde] de oferta de 54 milhões [de doses de CoronaVac]. Mas nós temos uma solicitação muito grande, não só dos países da América Latina, como também de estados e municípios. Então precisamos de fato fazer esse planejamento", disse Dimas Covas em entrevista à GloboNews. Por nota divulgada na noite de ontem, o Ministério da Saúde informou que vai se pronunciar dentro do prazo legal estabelecido no contrato, até 30 de maio.
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