Manaus vive uma crise sem precedentes com o avanço dos casos de Covid-19. Com internações batendo recordes, unidades de saúde ficaram sem oxigênio nesta quinta-feira (14). O estado está sendo obrigado a enviar pacientes para outros estados. Os cemitérios também estão lotados, tiveram o horário de funcionamento ampliado e instalaram câmaras frigoríficas. Para frear o vírus, o governo decidiu proibir a circulação de pessoas entre 19h e 6h em Manaus.
A média móvel de mortes cresceu 183% no Amazonas nos últimos 7 dias. Até esta quarta-feira (13), mais de 219 mil pessoas haviam sido infectadas pela Covid em todo o estado, e mais de 5,8 mil morreram com a doença.
O número de internações pela doença em Manaus chegou a 2.221, de 1º a 12 de janeiro. No pico anterior da doença no estado, em abril do ano passado, foram internados 2.128. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, visitou o Amazonas nesta semana e afirmou que Manaus é "prioridade nacional neste momento".
Uma das razões para o colapso do sistema de saúde é o consumo de oxigênio por pacientes de leitos clínicos, segundo o Coronel Franco Duarte, representante do Ministério da Saúde. "Aquele paciente que não está no leito de UTI é o que consome mais, porque ele fica ao lado do regulador de oxigênio. A sensação é de falta de ar, e você abrindo o acesso ao oxigênio, você tem a sensação de bem-estar, mas, em contrapartida, aumenta muito essa demanda", disse Duarte.
O Secretário da Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, afirmou nesta quinta-feira (14) que o estado passa por uma crise no abastecimento de oxigênio. Campêlo disse que o Ministério da Saúde, o governo do Amazonas e as Forças Armadas estão trabalhando no apoio logístico para a entrega de oxigênio para a rede estadual de saúde, com o transporte do gás de outros estados para o Amazonas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário