O órgão de fiscalização italiano ordenou, na sexta-feira (22), que o aplicativo de vídeo chinês TikTok bloqueie as contas de todos os usuários do país cuja idade não fosse verificada. A ordem foi emitida após a morte de uma menina de 10 anos, moradora de Palermo na Sicília, por asfixia, enquanto realizava um desafio proposto no aplicativo.
O desafio consiste em colocar um cinto em volta do pescoço e prender a respiração. Em um comunicado, o órgão disse que embora a TikTok tenha se comprometido a proibir o registro de crianças menores de 13 anos, era fácil contornar essa regra. Como resultado, ele disse que a TikTok teve que bloquear contas de usuários não verificadas até pelo menos 15 de fevereiro, à espera de mais informações.
Uma porta-voz da TikTok na Itália disse que a empresa estava analisando a comunicação recebida da autoridade. “Privacidade e segurança são prioridades absolutas para a TikTok e estamos constantemente trabalhando para fortalecer nossas políticas, nossos processos e nossas tecnologias para proteger nossa comunidade e os usuários mais jovens em particular”, o aplicativo informou por e-mail.
Propriedade da ByteDance da China, a popularidade do TikTok tem crescido rapidamente em todo o mundo, principalmente entre os adolescentes. “TikTok era o mundo dela. E o YouTube. É assim que ela passava o tempo”, disse o pai da menina, Angelo Sicomero, ao jornal Corriere della Sera de sábado.
Os promotores abriram uma investigação sobre uma possível incitação ao suicídio e estão procurando alguém que tenha convidado a garota para participar do desafio. “O órgão de fiscalização decidiu intervir com urgência após o terrível caso da menina de 10 anos de Palermo”, disseram as autoridades.
Ele disse que o TikTok foi proibido de “processar dados do usuário para os quais não há certeza absoluta de idade e, consequentemente, de conformidade com as disposições relacionadas ao requisito de idade”. Um funcionário disse que isso significa que os usuários de contas não verificadas não poderão mais enviar vídeos ou interagir com outras pessoas na plataforma.
A fiscalização disse que levantou outros casos preocupantes relacionados ao TikTok em dezembro sobre o que chamou de uma série de violações, incluindo alegações de que a empresa não protegeu menores.
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