Após dez anos de uma longa viagem, com algumas paradas inesperadas, a sigla Fiol começa a ganhar vida. O primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste vai a leilão amanhã (8), às 14h, na B3, em São Paulo. Até 2035, a expectativa é que o trecho alcance movimentação anual de 50 milhões de toneladas por ano. O vencedor do certame ficará responsável por concluir os 25% finais da obra e operar o trecho por 35 anos, totalizando R$ 3,3 bilhões de investimentos.
Desse total, R$ 1,6 bilhão será utilizado para a conclusão das obras, que estão com 80% de execução. Além disso, a concessão da Oeste-Leste vai permitir a criação de 55 mil empregos diretos, indiretos e efeito-renda ao longo da concessão nos próximos anos. A disputa pelos primeiros 537 quilômetros do corredor logístico entre o litoral de Ilhéus, no Sul, e Caetité, no Sudoeste, acontece com a garantia de pelo menos uma empresa interessada.
Mineradora com um projeto pronto para produzir quase 20 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, a Bamin é apontada como a grande favorita para arrematar o trecho 1 da Fiol. Alguns analistas de mercado acreditam que a mineradora pode ser a única participante do leilão. Além da Bamin, figuram como possíveis interessadas a VLI, controlada pela Vale e maior operadora ferroviária do país, e a Rumo Logística, outra grande empresa do setor.
Procuradas, todas as três empresas optaram pelo silêncio em relação ao leilão. A VLI respondeu que “como grande player do setor, a VLI avalia todas as oportunidades, mas prefere não comentar antecipadamente sobre nenhuma em específico”. A Bamin é a dona do projeto Pedra de Ferro, que produzirá quase 20 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, em Caetité, no interior da Bahia. Com a Fiol, a empresa vai escoar sua produção até Ilhéus e enviar o produto para o mercado externo pelo Porto Sul, que está sendo construído por ela e o governo da Bahia.
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