Três empresários foram presos nesta terça-feira (15), durante a Operação Fraternos, que investiga fraudes milionárias em contratos públicos de prefeituras no sul da Bahia. Uma pessoa ainda segue foragida.
Dos seis mandados de prisão decretados pela Justiça Federal, apenas um não foi cumprido nesta terça. Além dos ex-prefeitos José Robério Oliveira e Cláudia Oliveira, de Eunápolis e Porto Seguro, respectivamente, também estão presos os empresários Ricardo Luiz Bassalo e Marcos da Silva Guerreiro, que se apresentaram à Polícia Federal, em Salvador, e também o empresário Edimilson Alves de Matos, que foi preso em Vitória da Conquista, no sudoeste do estado.
Já Humberto Adolfo Gattas Nascif Fonseca Nascimento é considerado foragido. Após a audiência de custódia na tarde desta terça, a ex-prefeita de Porto Seguro foi levada para o conjunto penal de Teixeira de Freitas. O marido dela foi encaminhado para o presídio da cidade de Eunápolis, município onde foi prefeito.
Eles foram presos na manhã desta terça-feira (15), em mais uma fase da Operação Fraternos. Ambos são do Partido Social Democrático (PSD). O prefeito de Santa Cruz Cabrália, Agnelo da Silva Santos (PSD), que também é investigado pelos crimes da Operação Fraternos, foi afastado do cargo por 180 dias. Na época em que a PF começou a investigar os crimes, em 2017, Agnelo estava no cargo de prefeito em um mandato anterior ao atual, e também foi afastado, assim como Claudia e Robério.
Agnelo foi eleito prefeito da cidade novamente em 2020. A candidatura dele chegou a ficar sub judice, porque ele não estava com situação regular na Justiça Eleitoral, e o registro foi julgado como indeferido. No entanto, o julgamento do recurso foi favorável a ele, que assumiu novamente o cargo.
Também em 2020, José Robério voltou a disputar a eleição de Eunápolis, mas foi derrotado pela prefeita eleita Cordélia Torres (DEM).
Além de Eunápolis e Porto Seguro, mandados também foram cumpridos em Vitória da Conquista e Salvador. A Justiça também determinou o sequestro de bens e valores de cerca de R$ 11 milhões dos investigados.
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