quarta-feira, 14 de julho de 2021

Polícia diz que corpo do miliciano Adriano não estava no cemitério indicado pela família na hora da exumação

Peritos que foram cumprir a ordem da Justiça para exumar o corpo do miliciano Adriano da Nóbrega, a fim de realizar novos exames, não acharam os restos mortais no local indicado pela família.

Parentes do ex-capitão do Bope informaram um cemitério — a polícia não disse qual. Mas o corpo só foi encontrado em outro, o Memorial do Rio, em Cordovil, na Zona Norte da cidade.

Lá, um cemitério vertical, os peritos localizaram o corpo do miliciano no jazigo 01362. Uma placa informa que ali jazia Adriano Magalhães da Nóbrega.

Adriano Magalhães da Nóbrega foi morto em confronto com policiais militares em fevereiro de 2020 na cidade de Esplanada, a 155 quilômetros de Salvador.

O miliciano estava foragido havia mais de um ano e era suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

O corpo foi exumado a pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA). Em nota, o MP-BA informou que o laudo desta nova exumação ainda não foi divulgado. O MP-BA não informou a data da exumação, mas disse que a medida foi tomada para a realização de novos exames, com o objetivo de detalhar as lesões causadas pelos tiros.

As informações desse novo laudo serão comparadas com os relatos dos policiais que participaram da ação. Ainda nesse laudo, será possível analisar a distância que os tiros foram disparados, a partir das lesões causadas.

Segundo o MP, a autorização para a exumação foi dada pelos tribunais de Justiça da Bahia e do Rio de Janeiro. Dois exames já haviam sido feitos no corpo de Adriano, mas a partir desse novo procedimento, será examinada com maior precisão as trajetórias dos disparos que atingiram o miliciano.

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