Um adolescente de 17 anos suspeito de participação na morte do policial militar Adir Pires Fontes de Oliveira se apresentou à polícia na quinta-feira (5), no distrito de Sambaituba, em Ilhéus, sul da Bahia. A informação foi confirmada pelo delegado responsável pelo caso, Helder Carvalhal.
O PM foi morto a tiros na noite do último domingo (1º), ao sair de um bar na localidade de Castelo Novo, zona rural de Ilhéus. De acordo com a Polícia Civil, ele foi baleado quando seguia em direção a um carro e não era o alvo dos criminosos.
Conforme o delegado, o adolescente se apresentou juntamente com um advogado e familiares. Ele prestou depoimento no Ministério Público da Bahia (MP-BA) e confessou à polícia ter envolvimento no crime.
Ele foi apreendido e está à disposição da Justiça. Nos próximos dias, o adolescente será ouvido pela Vara da Infância e Juventude.
“Tínhamos a informação da identificação e, ontem, montamos duas equipes que se deslocaram até Sambaituba, onde ele foi apresentado pelo advogado e por familiares, e o trouxemos para Ilhéus", detalhou.
Sobre o caso, o delegado informou que as investigações avançam, mas não pode dar detalhes para não atrapalhar o andamento das apurações.
Na última terça-feira (3), em Ilhéus, um homem suspeito de envolvimento no crime foi encontrado morto dentro de casa, horas depois de prestar depoimento na delegacia.
Segundo a polícia, o homem foi interrogado na companhia de um advogado e negou todas as acusações. Ele era suspeito de ajudar na fuga de pessoas envolvidas no homicídio. A polícia não deu mais detalhes sobre autoria e motivação do crime.
Após a morte do PM, moradores da localidade de Sambaituba, próximo ao local do homicídio, relatam ações agressivas de policiais durante as investigações. Eles dizem que casas são invadidas e objetos, destruídos. Também há denúncias de agressões físicas e verbais. Por causa disso, os moradores pretendem acionar o Ministério Público da Bahia.
Sobre os relatos, a 68ª Companhia Independente de Polícia Militar (68ª CIPM), responsável pela cidade, informou que não recebeu denúncias a respeito e garantiu que os agentes têm agido dentro da legalidade. Informou ainda que o cerco na região vai permanecer, para localizar todos os envolvidos na morte do PM.