Familiares e amigos de Rafael Luz e Jaqueline Santiago de Jesus, mortos a tiros no sábado (30), em Canavieiras, no sul da Bahia, fizeram mais um protesto depois do crime. O grupo fez uma manifestação na Câmara de Vereadores de Canavieiras e depois, seguiu para a delegacia do município.
Segundo a Polícia Civil, as testemunhas estão sendo ouvidas e o caso continua em investigação. O cunhado de Jaqueline e amigo de Rafael, Arnoldo Diorato, discursou durante o ato na Câmara Municipal e pediu celeridade nas investigações. Segundo ele, o casal morava no Rio de Janeiro e, desta vez vivendo em Canavieiras, ocorreu o crime.
“A justiça precisa existir. No dia do assassinato, eu estava com eles há pouco tempo. Eles foram assassinados e estavam sozinhos. Mas se eu estivesse com eles? Se os filhos deles estivessem com eles? Onde está a justiça? Peço que a justiça seja feita em Canavieiras. Peço para que tenha investigação policial competente nesta cidade, para que quem cometeu esse crime possa ser punido”, afirmou.
Na segunda-feira (1º), o grupo já havia realizado uma manifestação no município e cobraram justiça pelo crime. "A dor de uma mãe, de um pai, de perder o seu filho, um ente querido, é muito grande, é muito doloroso. Sei que as vidas que foram ceifadas não vão voltar mais, mas não queremos que seja um crime impune. Queremos justiça. Imploramos que não seja um crime que seja esquecido", disse um dos manifestantes.
O protesto na segunda-feira começou em frente a um bar e seguiu pelas ruas da cidade. Durante o ato, os manifestantes seguravam cartazes para chamar atenção sobre o caso. O casal deixou dois filhos, um de seis anos e outro de dois. As informações são do G1-BA.
"Eles faleceram e deixaram duas crianças em casa. Imagine a nossa dor. Vocês se sentem seguros de ir para casa? Qual segurança que você têm de chegar no meio do caminho? Rafael saiu daqui dizendo que estava com medo. Houve uma discussão que poderia ser sarada e não foi".
De acordo com a Polícia Militar, o casal foi alvejado ao chegar em casa, no sábado (30), quando retornavam de um evento no Sítio Histórico, onde trabalharam.
Segundo familiares, os dois vendiam suspiros em um Festival de Motocicletas, quando houve uma discussão em um bar. Depois da briga, eles decidiram deixar o local e foram baleados por dois homens em uma motocicleta, na porta de casa.
Jaqueline morreu na hora e Rafael chegou a ser levado para o Hospital Costa do Cacau, em Ilhéus, mas não resistiu. Não foi detalhado se o casal teve algum envolvimento com a briga.
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