terça-feira, 23 de novembro de 2021

Enfermeiro dá tapa em recepcionista por causa de máscara no queixo em hospital no interior da BA

Um enfermeiro obstetra deu um rapa no rosto de uma recepcionista nesta terça-feira (23), ao vê-la usando a máscara de proteção no queixo. 

O caso aconteceu no Hospital Geral de Itaberaba, cidade da região da Chapada Diamantina. Antes do tapa, enfermeiro e recepcionista discutiram e toda situação foi registrada por imagens de uma câmera de segurança. 

No vídeo, a funcionária está sentada na recepção, com a máscara no queixo, e o enfermeiro em pé, ao lado da mulher, e eles começam uma discussão por mau uso da máscara, conforme detalhou em nota a prefeitura de Itaberaba. Em seguida, a mulher se levanta. O enfermeiro, então, aponta os dois dedos em direção ao rosto da recepcionista e ela empurra as mãos dele. No entanto, ele reage e dá um tapa no rosto da mulher.

O equipamento de proteção já faz parte da rotina dos profissionais de saúde, mas a máscara passou a ser obrigatória para todos após a pandemia da Covid-19, pois conforme destaca a Organização Mundial de Saúde (OMS), ela pode servir como proteção individual para pessoas saudáveis, no contato com infectados, e também para controle coletivo da pandemia.

Sobre o caso no Hospital Geral, a prefeitura de Itaberaba informou que está ciente do fato e que o funcionário foi afastado temporariamente da função até a instauração de uma sindicância para apurar o caso. Além disso, disse que que está prestando assistência à vítima e que não compactua com qualquer tipo de violência.

Ainda na nota, a prefeitura disse que o enfermeiro é servidor efetivo da unidade de saúde desde 2007 e que atuava também como coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). O fato surpreendeu os colegas do profissional, já que ele "é visto como uma pessoa séria, excelente profissional e sempre teve relação cordial".

A gestão municipal informou que a vítima foi encaminhada para a delegacia, junto com uma assistente social do hospital, e que a unidade de saúde acionou o Centro de Referência e Atenção à Mulher (CRAM) para solicitar a devida assistência jurídica.

A vítima trabalha no local como recepcionista desde 2019 e, segundo a prefeitura, "sempre manteve uma postura respeitosa com os colegas e não tem qualquer registro de desentendimento ao longo desse período".

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