No próximo ano, ao menos nove dos 23 ministérios devem ter nova titularidade a partir de abril, quando os auxiliares do presidente Jair Bolsonaro terão que se desincompatiblizar para se candidatar nas eleições de 2022. São os casos de João Roma (Cidadania) e Onyx Lorenzoni (Trabalho), que tentarão se eleger governador da Bahia e do Rio Grande do Sul, respectivamente. Tarcísio Freitas, que comanda a Infraestrutura desde o início da gestão, em 2019, ainda não se pronunciou oficialmente, mas deve disputar o concorrido governo paulista.
Estas candidaturas são incentivadas pelo próprio Bolsonaro, que almeja fortalecer os palanques regionais na corrida pela reeleição. Outros nomes da esplanada visam o Senado, como a ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM-MS), que é deputada federal licenciada.
Já Rogério Marinho (PL-RN), ministro do Desenvolvimento Regional, e Fábio Faria (PSD-RN), ministro das Comunicações, ambicionam ambos uma vaga ao Senado pelo Rio Grande do Norte. Por isso, disputam internamente quem terá apoio aberto do presidente na corrida eleitoral. Ministra palaciana, a titular da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL-DF), pretende se lançar a um cargo majoritário, mas não confirmou se mira o Senado ou o governo do Distrito Federal.
Há dois ministros no momento que buscam a Câmara: o da Justiça e o da Segurança Pública, Anderson Torres; e o da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. O primeiro pode se lançar ao Senado,
Em dúvida
Um dos líderes políticos do Planalto, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI) tem mandato no Senado até 2027 e deve ficar para rearrumar a casa, assim como os ministros palacianos da ala militar, general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Ggneral Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-geral da Presidência), que não indicam pretensões políticas.
Lotado na Secretaria de Assuntos Estratégicos, no Planalto, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello mantém conversas para se candidatar como deputado federal pelo Rio de Janeiro. Também há dúvidas ainda sobre atual chefe da Saúde, Marcelo Queiroga, e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. Ela chegou a ser cogitada como candidata a vice de Bolsonaro, mas não há definição em torno deles dois.
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