A ação que resultou na prisão dos policiais foi deflagrada em Salvador e Seabra, cidade da Chapada Diamantina, em junho do ano passado. De acordo com a Polícia Civil, os quatro foram soltos em 17 de março deste ano.
A polícia informou que a decisão judicial substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares consistentes na proibição de acesso à Delegacia Territorial de Seabra e/ou quaisquer formas de contatos com servidores da unidade.
Apesar de continuarem no serviço público, os policiais foram transferidos para delegacias de outras cidades baianas. Os nomes dos municípios não foram divulgados.
A Polícia Civil informou que a Força Tarefa da Corregedoria Geral da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) apurou as denúncias relativas aos suspeitos durante o inquérito policial, que foi instruído, concluído e remetido para a Justiça.
As provas obtidas durante a investigação, de acordo com a polícia, foram avaliadas sob a ótica do direito administrativo disciplinar, para saber quais e quantos dispositivos da legislação foram, em tese, violados. Concluída a análise, foi publicada a portaria de instauração do Processo Administrativo Disciplinar.
Operação
De acordo com o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), que integra a operação, as investigações trouxe indícios do envolvimento dos policiais civis lotados na 13ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), em Seabra, com o tráfico de drogas, assim como possível lavagem dos ativos criminosos.
Ao todo seis pessoas foram presas preventivamente. Não há detalhes se o agente administrativo e o empresário também foram liberados.
Além das prisões, a Justiça em Seabra autorizou a busca e apreensão em uma casa, que não teve o endereço divulgado. Também foram apreendidos celulares, rádio comunicador, dispositivos de armazenamento de dados, dinheiro e documentos.
Histórico
A primeira fase da Operação Casmurro ocorreu em abril deste ano. Já a segunda fase foi deflagrada no início deste mês de junho.
Investigações da Polícia Civil descobriram, em junho de 2020, uma extensa plantação de maconha no Povoado de Baixio da Aguada, zona rural de Seabra, com previsão de colheita de três toneladas da droga.
A investigação revelou que os traficantes e os policiais, com o intermédio de um empresário da região, com grande influência na polícia local, estabeleceram propina de R$220 mil e a droga apreendida não foi completamente incinerada.
Os policiais permitiram a colheita do restante da droga, e ainda ajudaram a transportá-la dentro das viaturas da polícia, para armazenamento em propriedade rural do empresário, até que fossem finalmente enviadas para a cidade de Salvador. As informações são do g1
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