O governador da Bahia, Rui Costa (PT), comentou a operação Cianose, da Polícia Federal, deflagrada nesta terça-feira (26), para investigação da contratação da empresa Hempcare pelo Consórcio Nordeste, para fornecimento de ventiladores pulmonares durante o pico inicial da pandemia de Covid-19 no Brasil.
O governador é um dos investigados, mas não é alvo de mandados na ação desta terça. Rui Costa criticou a operação e disse que não entende a realização de buscas dois anos após o começo da investigação. A mesma empresa foi alvo de uma ação da Polícia Civil da Bahia em uma investigação da policia baiana sobre o caso.
"Eu confesso que até entenderia e bateria palma se hoje os responsáveis tivessem sido presos. Mas eu não consigo entender uma busca e apreensão dois anos depois. Alguém acha que esse povo tá com alguma coisa a mais?", disse.
"Alguém acha que um bandido que roubou, que fez traquinagem com o dinheiro público, alguém acha que depois de dois anos ele está guardando as coisas em casa? Eu estaria alegre se tivesse tido prisão", completou.
A operação foi deflagrada na manhã desta terça-feira e cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em Salvador, no Distrito Federal, e nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça. As buscas contaram com apoio da Controladoria Geral da União. Um dos alvos dos mandados é Bruno Dauster, ex-secretário da Casa Civil do governador.
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