quarta-feira, 27 de abril de 2022

Guarda civil vítima de quadrilha na BA foi assassinado após ser visto com arma em bar, diz delegada

A delegada Daniele Monteiro detalhou as motivações das mortes do guarda municipal Tiago Duarte Banhara, em fevereiro deste ano, e do percussionista Renato Santos Evangelista Sobrinho, em dezembro de 2021.

Os dois foram assassinados por integrantes de um grupo alvo de uma operação da Polícia Civil, iniciada nesta terça-feira (26), em Salvador e Camaçari, cidade na região metropolitana. Três suspeitos morreram e outros 12 foram presos durante a ação.

Tiago Duarte estava em um bar de Camaçari, junto à namorada, quando foi levado pelos criminosos. Já Renato Santos foi sequestrado após fazer um show, também em Camaçari.

"A motivação para a morte do guarda civil foi porque ele foi visto armado no local. Observaram que ele estava com arma de fogo e por conta disso, ele foi levado. Quanto ao músico, ele era morador de um bairro que tem um grupo criminoso rival", disse a delegada Daniele Monteiro.

Operação

Os alvos da operação são suspeitos de fazerem parte de um grupo criminoso que "julgava" rivais antes de matá-los. Das 12 prisões, 11 foram por mandado de prisão e a restante aconteceu em flagrante.

Segundo a polícia, os três homens mortos trocaram tiros com os policiais e acabaram atingidos, foram socorridos para unidades de saúde, mas não resistiram. O trio estava envolvido com as mortes do guarda civil e do percussionista.

De acordo com a Polícia Civil, essa organização criminosa atua no tráfico de drogas e homicídios, além de outros crimes violentos. Além dos rivais, a polícia informou que a quadrilha também matava quem se opunham às suas práticas criminosas.

O percussionista Renato Santos Evangelista Sobrinho desapareceu no dia 21 de novembro de 2021, depois de fazer um show em Vila de Abrantes, no município de Camaçari. A família registrou boletim de ocorrência na delegacia local.

Semanas depois do sumiço de Renato, começou a circular na internet um vídeo da quadrilha torturando e executando o músico. A família viu as imagens e confirmou que tratava-se do músico, mas a polícia nunca confirmou as informações. O corpo da vítima ainda não foi encontrado.

Já em fevereiro deste ano, o guarda municipal Tiago Duarte Banhara foi encontrado morto, sem roupas, com as mãos amarradas e marcas de tiros. Ele também estava em Vilas de Abrantes, em um bar com a namorada, quando foi abordado por homens, na noite do dia 4 de fevereiro.

Testemunhas contaram que o guarda municipal foi imobilizado com um golpe conhecido como mata-leão. Em seguida, os suspeitos fugiram do local com Tiago, que foi encontrado sem vida, no próprio carro horas depois.//G1

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