terça-feira, 17 de maio de 2022

Vereadores têm mandatos cassados na Bahia por suspeita de fraudes com candidaturas fantasmas de mulheres

Dois vereadores da cidade de Coração de Maria, a cerca de 110 km de Salvador, tiveram os mandatos cassados nesta segunda-feira (16), pela Justiça Eleitoral, suspeitos de colocarem candidaturas femininas fantasmas dentro das nominatas das suas chapas.

Davilson da Silva Miranda e João Rios de Oliveira, ambos do Cidadania e eleitos em 2020, tiveram os mandatos cassados, assim como todo os suplentes deles. A defesa do partido informou que a decisão ainda não foi publicada e que contraria a recomendação do Ministério Público da Bahia (MP-BA).

O processo de cassação, que está em segredo de Justiça, foi uma decisão de primeira instância, ou seja, cabe recurso. Com isso, os vereadores permanecem no cargo até o julgamento dos embargos, e só podem ser afastados após transitado e julgado.

O juiz eleitoral da 130ª Zona Eleitoral de Coração De Maria, Tardelli Boaventura, também anulou todos os votos recebidos pelo partido Cidadania nas eleições de 2020 e redistribuiu baseado no coeficiente eleitoral.

Dilson Miranda e João Rios foram os dois vereadores eleitos mais bem votados na cidade (673 e 622 votos, respectivamente).

Candidaturas fantasmas

De acordo com a decisão, as candidaturas fantasmas foram assinadas com os nomes de Caroline Santos Araújo e Josilda Lopes da Silva. As duas foram condenadas à inegibilidade por oito anos, contados a partir de 2020.

O juiz justificou a decisão contra Caroline e Josilda, ao apontar que as duas candidaturas foram indicadas "claramente para preencher a cota de 30% das candidaturas do sexo feminino".

"Não prestaram contas dos recursos de campanha (ao que tudo indica, não receberam nem R$ 1 do partido), não confeccionaram um santinho, um adesivo, não fizeram uma postagem de suas candidaturas nas redes sociais, ninguém as viu participando de campanhas. E o mais escandaloso: não tiveram um voto sequer, nem mesmo o delas", escreveu o juiz na decisão.

Ao se defenderem durante o processo, Caroline e Josilda afirmaram que não prosseguiram na campanha, porque não tinham confirmação das candidaturas. Alegaram também instabilidade jurídica e social no partido, aliado à pandemia de Covid-19.

4 comentários:

  1. Ora, basta uma simples pesquisa nos números e na lista de candidatos de TODOS OS MUNICÍPIOS BRASILEIROS e terás a verdade sobre uma lei de bosta que os bandidos, inadvertidamente, aprovaram contra eles mesmos. Ou seja, os bandidos para provarem que são realmente criminoosos, fraudam as regras deles próprios. Surrealismo? Não, a desonestidade dos canalhas brasileiros rompendo as fronteiras para atingir o Universo.

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  2. Se prepara, na câmara de vereadores de Itabuna, vai cair. Ricardo Xavier, Israel Cardoso, Nem Bahia. Breve!

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  3. No dia que investigarem a camara de Itajuípe vao ter uma surpresa. Tem funcionario publico que é vereador e continua recebendo salario.

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    1. Desculpe parceiro, mas se o indivíduo for servidor consursado ou tiver estabilidade permanece sendo funcionário e, portanto, pode trabalhar e receber salário. Após eleito, o canalha torna-se integrante da casta de parasitas inservíveis que passam a acumular sangue e suor dos miseráveis famintos para enriquecer. Desta forma, adquire direitos e mordomias que um TRABALHADOR HONESTO PAGADOR DE IMPOSTOS sonha durante toda a vida. Isto é uma república de bandidos e bananas chamada Brasil!

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