A Polícia Federal informou nesta sexta-feira (06) que as investigações não encontraram, até o momento, indícios sobre os supostos crimes de estupro de uma adolescente yanomami e sobre o sumiço de uma outra criança da mesma etnia da comunidade de Aracaçá, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. De acordo com o órgão, o inquérito ainda não foi concluído e novos fatos podem surgir.
Em denúncia por vídeo nas redes sociais feita dia 25, o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, disse que uma adolescente de 12 anos foi estuprada e morta e uma criança de 4 anos caiu de um barco após terem sido levadas por garimpeiros ilegais e invasores do território.
Nesta quinta-feira (05), Hekurari disse em depoimento à PF que yanomamis desaparecidos após suposto confronto com garimpeiros foram encontrados.
Na entrevista nesta sexta, o delegado da Polícia Federal e titular da investigação, Daniel Pinheiro Leite, afirmou que durante os dias 27 e 28 de abril o órgão realizou diligências na região de Aracaçá tendo como foco as denúncias envolvendo eventual estupro ou homicídio de indígenas na comunidade.
Na operação, os agentes teriam identificado e entrevistado alguns integrantes de Aracaçá, que disseram, intermediados por tradutores da língua sanöma (yanomami) que não sabiam nem tinham conhecimento de nenhum estupro ou assassinato no local, de acordo com Pinheiro.
No entanto, ele não descarta que o fato tenha ocorrido em outro momento. “Não estou dizendo que não aconteceu. A investigação continua tramitando. Só estou dizendo que lá, quando chegamos, essa informação não ocorreu.”
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