O Conselho de Administração da Petrobras fez, na quinta (16), uma reunião extraordinária para avaliar um possível adiamento dos reajustes nos combustíveis. Segundo o Jornal O GLOBO, o encontro foi realizado a pedido do governo federal para que os reajustes sejam adiados até que medidas de desoneração propostas para conter a alta dos preços sejam aprovadas no Congresso.
Os conselheiros concluíram que cabe aos diretores da estatal essa decisão e não ao colegiado. Com esse sinal verde, a empresa anuncia nesta sexta-feira (17) um novo reajuste de gasolina e diesel, segundo fontes que acompanharam o encontro virtual na tarde de ontem.
A decisão contraria os interesses eleitorais do presidente Jair Bolsonaro, que já determinou a troca do comando da Petrobras e vem pressionando a empresa para não reajustar diesel e gasolina enquanto costura no Congresso um pacote de medidas para desonerar os combustíveis.
Durante uma coletiva, o presidente afirmou ainda ontem que considera o novo aumento como um ataque com motivações políticas.
A última vez que o litro da gasolina foi reajustado nas refinarias foi em 11 de março, em 18,7%, passando de R$ 3,25 para R$ 3,86 nas refinarias. Se confirmada hoje, será a primeira alta em mais de três meses. Já o diesel está congelado desde 10 de maio, quando o custo para as distribuidoras passou de R$ 4,51 para R$ 4,91 por litro.
Novo aumento de preços acontecem após Bolsonaro comemorar a aprovação no Congresso do projeto que limita em 17% a tributação dos estados sobre combustíveis.
Segundo Bolsonaro, caso os projetos entrem em vigor, deverá ocorrer uma redução de R$ 2 no preço da gasolina e de R$ 1 na cobrança pelo litro do diesel. Se os preços da estatal subirem antes de essas medidas entrarem em vigor, o efeito de sua articulação pode se perder.
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