terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Dois policiais militares são condenados a mais de dez anos de prisão por torturar e matar homem em Itapebi

Homem morre em delegacia após ser preso por furtar celular em velório na BA — Foto: Reprodução/TV Bahia

Os dois policiais militares acusados de torturar e matar Epaminondas Batista Mota, em uma delegacia de Itapebi, no ano passado, foram condenados a dez anos, seis meses e 24 dias de prisão. Os dois vão cumprir a pena em regime inicialmente fechado.

Epaminondas, que era deficiente físico e aposentado por invalidez, foi preso por furtar um celular em um velório. Ele foi morto no dia 16 de janeiro de 2022.

Na decisão do Juízo da Vara de Auditoria Militar, o juiz Paulo Roberto Santos de Oliveira determinou, no dia 14 de fevereiro, a manutenção da prisão preventiva dos réus. Com isso, eles seguem presos, mesmo com o direito de recorrer da sentença.

A denúncia foi oferecida pelos promotores de Justiça que atuam no Grupo de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública do Ministério Público estadual (Geosp) e pela 6ª Promotoria de Justiça de Eunápolis.

Conforme consta na denúncia, no dia 16 de janeiro de 2022, por volta das 17h, os réus teriam provocado “intenso sofrimento físico e mental” em Epaminondas Batista Mota, com o objetivo de obter a confissão sobre o furto de um aparelho celular.

A denúncia destaca que “os atos de tortura praticados pelos dois policiais causaram a morte da vítima”. Durante a instrução criminal, o Ministério Público da Bahia atuou por meio dos promotores de Justiça da Vara de Auditoria Militar e do Geosp.

Os policiais suspeitos do crime foram presos em março do ano passado, por decisão da Justiça Militar. No entanto, em junho, foram soltos após habeas corpus. Em outubro, a Justiça revogou a liminar favorável a soltura dos PMs.

Relembre o caso

Segundo consta na denúncia, Epaminondas Batista, de 52 anos, estava no "Bar do Zai", na Travessa Belmonte, na região central de Itapebi, quando os policiais chegaram e fecharam a porta do estabelecimento.

Em seguida, teriam perguntado para Epaminondas sobre o celular que ele supostamente havia furtado.

O homem teria negado o crime e os denunciados o agrediram fisicamente, sem que ele esboçasse qualquer reação, até a morte. Em seguida, ele foi levado à delegacia, mas o carcereiro da unidade informou que o homem já chegou inconsciente. Epaminondas morreu horas depois.

Em depoimento, os policiais negaram a tortura e disseram que, após a abordagem, o homem foi levado ao hospital porque se queixava de dores nas pernas. Segundo os PMs, a médica disse que o paciente não apresentava problemas. A profissional também prestou depoimento e informou que Epaminondas estava lúcido e não apresentava fratura nas pernas.

Os dois policiais foram denunciados por meio de uma atuação conjunta do Grupo de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp) e a 6ª Promotoria de Justiça de Eunápolis.

9 comentários:

  1. Oxi! Após as agressões no estabelecimento ele foi levado ao hospital e a médica atestou que ele estava lúcido e não apresentava sintomas... o carcereiro informou que já chegou inconsciente... morreu horas depois... a pergunta! Se foi torturado no momento da abordagem o que possivelmente ocasionou sua morte, como a médica não identificou sintomas? ... não foi torturado na abordagem e após passar pela médica aconteceu o que ocasionou sua morte! ..." Que reportagem incoerente".

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  2. Nunca mais ele vai roubar celular!!

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  3. FORAM CONDENADOS E NÃO PERDERAM A FARDA?

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  4. E mais fácil para a justiça condenar 2 profissionais no exercício do seu dever podendo comprometer sua vida tentando conter um asaltante do q tentar esclarecer e absorver os profissionais,são por motivos como esses q muitos policiais demoram a atender uma ocorrência. Para evitar talvez até de no descolar perderem seus empregos ou até sua vida ou quem sabe mofar na cadeia por 10 anos.

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  5. Tinha que pegar era 100 anos esses assassinos fardados

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  6. https://youtube.com/watch?v=OFa78S8-2rY&si=EnSIkaIECMiOmarE A Secretaria de Segurança afirmou que os prints anexados na petição que mostram trocas de mensagens entre policiais são de um grupo de um aplicativo de mensagens que não era oficial e que foi criado por policiais militares envolvidos na operação, contando também com um membro da Polícia Rodoviária Federal.

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  7. serviço deles "punir e oprimir"

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  8. Penalidade muito branda.
    Deveriam também ser condenado os que fazem apologia ao ato criminoso dos condenados.

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  9. Pois é... a todos que condenam aprendem a se dirigir a delegacia ao ter seu celular levado pelos "donos", isso nunca foi trabalho da PM, mas sempre fizeram na tentativa de assistir o cidadão e dá uma maior sensação de justiça... usem mais a Policia Civil, certamente verão como são ótimos profissionais... ao menos eles não são presos por conta de um ladrão de celular.

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