A passagem de um ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul matou ao menos 27 pessoas até a manhã desta quarta-feira (06). Em Santa Catarina também foi registrada a morte de uma pessoa.
Somente no município de Muçum, na região do Vale do Taquari, foram localizados 15 corpos. Mais de 80% da cidade ficou alagada. “É o maior volume de mortes em um evento climático no Estado do Rio Grande do Sul”, disse o governador Eduardo Leite (PSDB).
Mais de 4,5 mil pessoas ficaram desalojadas no Rio Grande do Sul. Muitas casas sofreram danos por conta da ventania, da chuva forte e da queda de granizo. Houve queda de energia em dezenas de cidades. Além disso, ainda há muitos pontos de alagamento.
“Centenas de pessoas se mobilizaram em uma rede proteção e salvamos milhares de vidas, mas infelizmente 21 vidas não puderam ser salvas”, lamentou Leite.
As equipes de resgate estão concentradas na região dos Vales, mais precisamente no Vale do Taquari, onde municípios como Muçum, Roca Sales, Encantado e Lajeado sentem os impactos do ciclone.
“Em algumas comunidades, onde a água chegou a um volume que nunca tivemos um precedente como esse, muitas pessoas não entenderam que os alertas eram para valer e a água subiu rapidamente”, disse o governador.
Uma situação de calamidade pública tomou conta de Muçum e de municípios vizinhos, no Vale do Taquari, após as enchentes. A água do Rio Taquari invadiu a cidade, deixando centenas de famílias desabrigadas e desalojadas. Na cidade de Roca Sales, a prefeitura orientou que a população atingida pelas enchentes busque refúgio nos telhados de suas casas e aguarde pelo resgate. (Estadão)
*com atualizações no número de mortes
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